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Cuiabá, 01 de Março de 2025
01 de Março de 2025

01 de Março de 2025, 08h:14 - A | A

POLÍCIA / LÍDER DE FACÇÃO

Sandro Louco contrata hacker para invadir sistema do Judiciário e inserir falso pedido de liberdade

O criminoso está preso no Raio 8, ala de segurança máxima, da Penitenciária Central do Estado (PCE).

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



Sandro da Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, chefe de uma facção criminosa, contratou um hacker para inserir dados falsos no sistema do  Judiciário. O objetivo dele era publicar em alvará de soltura em favor dele.

O criminoso está preso no Raio 8, ala de segurança máxima, da Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele cumpre pena de 193 anos, sete meses e 10 dias de prisão, em decorrência de 17 condenações, a maioria por crimes de roubo majorado, homicídio qualificado, latrocínio e associação criminosa.

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Um relatório da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil apontou diversos motivos para que o criminoso fosse transferido para o Raio 8. Além da contração do hacker, Sandro Louco chegou a determinar uma rebelião na PCE, em razão das ações da Operação Tolerância Zero, que tem endurecido os procedimentos nos presídios de todo o estado.

LEIA MAIS: Sandro Louco ordenou rebelião na Penitenciária Central do Estado

No relatório ficou evidenciado ainda que Sandro foi um dos fundadores da facção criminosa, bem como o atual presidente dela. Além disso, ele é identificado como o mais poderoso associado da organização. Mesmo preso, ele conseguiu adquirir uma arma de fogo, que deveria ser entregue à sua mãe, para ela se proteger de assaltos. 

Consta também no documento que Sandro Louco possuía o controle do mercadinho da PCE e que a gestão seria realizada por outros faccionados, alcançando um lucro aproximado de R$75 mil ao mês. Esse ganho foi confirmado pelo próprio Sandro Louco durante um interrogatório.

LEIA MAIS: Sandro Louco afirmou em interrogatório que lucrava R$ 75 mil por mês dentro da PCE em Cuiabá

O advogado de defesa do faccionado tem tentando na Justiça fazer com que ele saia da ala de segurança máxima e volte para o convívio carcerário. A última tentativa foi um recurso protocolado no Supremo Tribunal Federal (STJ), alegando que não teve acesso à decisão que ocasionou a transferência dele. O pedido foi negado pelo ministro Dias Toffoli.

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