VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
Sandro da Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, chefe de uma facção criminosa, contratou um hacker para inserir dados falsos no sistema do Judiciário. O objetivo dele era publicar em alvará de soltura em favor dele.
O criminoso está preso no Raio 8, ala de segurança máxima, da Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele cumpre pena de 193 anos, sete meses e 10 dias de prisão, em decorrência de 17 condenações, a maioria por crimes de roubo majorado, homicídio qualificado, latrocínio e associação criminosa.
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Um relatório da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil apontou diversos motivos para que o criminoso fosse transferido para o Raio 8. Além da contração do hacker, Sandro Louco chegou a determinar uma rebelião na PCE, em razão das ações da Operação Tolerância Zero, que tem endurecido os procedimentos nos presídios de todo o estado.
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No relatório ficou evidenciado ainda que Sandro foi um dos fundadores da facção criminosa, bem como o atual presidente dela. Além disso, ele é identificado como o mais poderoso associado da organização. Mesmo preso, ele conseguiu adquirir uma arma de fogo, que deveria ser entregue à sua mãe, para ela se proteger de assaltos.
Consta também no documento que Sandro Louco possuía o controle do mercadinho da PCE e que a gestão seria realizada por outros faccionados, alcançando um lucro aproximado de R$75 mil ao mês. Esse ganho foi confirmado pelo próprio Sandro Louco durante um interrogatório.
O advogado de defesa do faccionado tem tentando na Justiça fazer com que ele saia da ala de segurança máxima e volte para o convívio carcerário. A última tentativa foi um recurso protocolado no Supremo Tribunal Federal (STJ), alegando que não teve acesso à decisão que ocasionou a transferência dele. O pedido foi negado pelo ministro Dias Toffoli.
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