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Cuiabá, 14 de Março de 2025
14 de Março de 2025

24 de Junho de 2018, 07h:50 - A | A

POLÍCIA / MORTE NA MIGUEL SUTIL

Secretário de Segurança nega crise na Politec e PJC após divergência de laudos

Divergência surgiu entre a Delegacia de Trânsito e Politec sobre a velocidade do carro dirigido por uma médica, que matou atropelado um verdureiro na Avenida Miguel Sutil.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia disse ao que a divergência entre servidores da Perícia Oficial e Identificação Técnica e Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), aconteceu ‘democraticamente’.

As instituições se divergiram a respeito de laudos que apontavam a velocidade do veículo Jeep Compass no momento do atropelamento do verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. No carro estava um casal de médicos, que não prestou socorro à vítima.

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“Nós temos 15 mil homens atuando de forma integrada e as atribuições às vezes se interligam. A atuação da militar às vezes está interligada com a da civil, que por sua vez está interligada com a da Politec. Esses profissionais podem se divergir em um dado momento, porém, cada um conduz a sua divergência da forma que entende melhor. Isso é democracia”, afirmou o secretário.

“Nós temos 15 mil homens atuando de forma integrada e as atribuições se interligam. Eles podem se divergir em um dado momento, porém, cada um conduz a sua divergência da forma que entende melhor. Isso é democracia”, disse Garcia.

O primeiro laudo, da Politec, apontou que o veículo da médica estava a apenas 35 km/h e que o verdureiro estava bêbado. Em resposta, o delegado Christian Cabral solicitou a uma empresa particular que também fizesse um laudo. O resultado apontou que o carro da médica estava a 118 km/h.

Em resposta, o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco) afirmou que o laudo da empresa particular era plágio, além de explicar que a velocidade apontada no laudo inicial era de dano e não a velocidade do veículo. Também foi salientado que o delegado interpretou o laudo erradamente.

RepórterMT

verdureiro Francisco Lucio Maia

Francisco teve politraumatismo após ser atropelado na Avenida Miguel Sutil.

Gustavo Garcia afirmou que a divergência entre os servidores não se reflete nas instituições Polícia Civil e Politec.

“A fala de um delegado num inquérito policial não é a fala institucional. Isso cabe ao delegado geral, assim como a da Politec cabe ao diretor geral. Eles em momento algum se desentenderam, pelo contrário, eles tiveram papel muito importante, como líderes que são, de deixar bem claro que não havia um problema institucional”, salientou o secretário.

O ‘caso dos laudos’ e a denúncia de plágio são investigados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), além das respectivas corregedorias das instituições envolvidas.

O atropelamento

RepórterMT/Reprodução

leticia bortolini

Veículo ficou destruído após o atropelamento da vítima.

O verdureiro foi morto quando tentava subir com o carrinho de verduras no canteiro central da Avenida Miguel Sutil, no bairro Cidade Verde, na noite de (14) de abril. Tanto a médica, quanto o marido, que estavam no Jeep Compass, fugiram do local do atropelamento sem prestar socorro.

Letícia foi seguida por uma testemunha e presa logo depois, no bairro Jardim Itália. A médica chegou a ter a prisão preventiva decretada em audiência de custódia no domingo (15) de abril, porém, a defesa entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça. Ela foi liberada da cadeia por decisão do desembargador Orlando Perri, na segunda-feira (16), que acatou a justificativa de que ela tem um filho de um ano e seis meses para cuidar.

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