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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

28 de Setembro de 2023, 08h:23 - A | A

POLÍCIA / CRIMES AMBIENTAIS

Servidora cobrava propina de produtores rurais para não instaurar investigações

A mulher exigia a valores para não instaurar ou não prosseguir com o procedimento que, na maior parte dos casos, sequer existia.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT



Uma servidora da prefeitura de Paranatinga (373 km de Cuiabá) foi presa nesta quarta-feira (27), pelos crimes de concussão passiva e prevaricação. Ela foi "cedida" pela Prefeitura para atuar como escrivã na delegacia da cidade. Na função, exigia valores das vítimas, especialmente produtores rurais, para não instaurar procedimentos em relação a crimes ambientais.

De acordo coma Polícia Civil, as investigações começaram após uma denúncia anônima narrando que a servidora exigia vantagens indevidas de pessoas, entre elas produtores rurais, que eram chamadas para prestar esclarecimentos na delegacia. Assim, foi instaurado inquérito policial para apurar os fatos.

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Em poucos dias de apuração, foi confirmada a veracidade das informações e constatado que a servidora agiu da mesma forma com todas vítimas, as atraindo até a delegacia sob a alegação de que eram alvos de denúncias sobre crime ambiental.

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Durante conversa com as vítimas, a servidora exigia a valores para não instaurar ou não prosseguir com o procedimento que, na maior parte dos casos, sequer existia.

A servidora foi afastada da delegacia e com base nos elementos levantados, o delegado Eric Martins representou pelo mandado de prisão preventiva da investigada, que foi deferido pela Justiça e cumprido nesta quarta.

“A Polícia Civil não admite nenhum tipo de situação em que o servidor exija valor ou vantagem para que não seja instaurado ou trâmite determinado procedimento investigativo. O caso da servidora, que era cedida e atuava como escrivã ad hoc, é uma situação isolada e não tem nenhum vínculo com as demais atividades desenvolvidas na unidade”, destacou o delegado.

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