DAFFINY DELGADO
Uma das sobreviventes da chacina que vitimou sete pessoas, na semana passada, na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá), Raquel de Almeida, afirmou em entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo, que foi exibido neste domingo (26), que só não foi morta porque a munição dos criminosos teria acabado.
O crime brutal aconteceu na terça-feira (21), no Bruno Snooker Bar, localizado no bairro Jardim Lisboa. Entre as vítimas, estava a filha de Raquel - Larissa de Almeida Frazão, de 12 anos, e o marido, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos.
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De acordo com as investigações, Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, executaram as vítimas após derrota no jogo de sinuca. Edgar perdeu a quantia de R$ 4 mil para Getúlio e teria ficado revoltado.
Na reportagem, a mulher explica que a família é do Maranhão e que o esposo se mudou para Mato Grosso para trabalhar. Ele já estava em Sinop há pouco mais de três anos. Ela e a filha estavam na cidade há poucos dias e teriam ido ficar uma temporada por lá.
Ela, a filha, o marido e um sobrinho de Getúlio estavam no bar quando aconteceu a chacina. Nas imagens feitas pelas câmeras de segurança, é possível ver o momento em que a dupla ordena que todos fiquem em um “paredão” enquanto eles começam a atirar.
Raquel e o sobrinho de seu esposo sobreviveram. O rapaz conseguiu sair correndo e ela permaneceu no bar, deitada no chão, mas não foi atingida. A filha dela, por sua vez, tentou correr, mas foi alvejada pelo disparo de uma espingarda calibre 12.
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Ela (Raquel) explicou que não foi morta porque a munição das armas utilizadas pela dupla teria acabado. No entanto, teve sua bolsa levada pelos criminosos. A mulher ainda lamentou não ter conseguido salvar a filha da morte.
"Na hora eles só mandaram eu deitar no chão e eu não fiz nada e não corri com ela", declarou emocionada.
O sepultamento de pai e filha aconteceu no sábado (25), no Cemitério Municipal de Governador Nunes Freire, no Maranhão.
Assista aqui a reportagem completa.
Relembre o caso
No dia seguinte ao crime, Ezequias foi interceptado por uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), mas reagiu e acabou morrendo no confronto.
Já Edgar contratou um advogado e combinou sua apresentação à polícia na quinta-feira (23). Ele passou por audiência de custódia e foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, onde aguardará julgamento.
Além de pai e filha, morreram na chacina Elizeu Santos da Silva, 47 anos, Orisberto Pereira Souza, de 38 anos, Adriano Balbinote, de 46 anos, Josué Ramos Tenório, de 48 anos, e Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos.
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