LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO
Acusada de ter cometido excessos que levaram à morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, 2, a tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps será ouvida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), somente após o dia 13 de fevereiro.
O depoimento que deveria ter ocorrido nesta quarta-feira (1°), foi adiado porque a defesa alegou que ela não foi notificada oficialmente pelo comando do Corpo de Bombeiros.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Izadora é acusada de tortura e omissão de socorro, durante treinamentos aquáticos, realizados em 15 de novembro de 2016, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
O aluno bombeiro Rodrigo Claro passou mal, foi internado e morreu uma semana depois com hemorragia cerebral.
O depoimento irá ocorrer apenas após o dia 13, porque entre os dias 6 e 10 a delegada responsável pelo caso, Juliana Chiquito Palhares estará em Curso Superior de Polícia (CSP).
Com o adiamento a previsão de encerramento do inquérito, que estava previsto para o dia 10 de fevereiro,pode se estender para até março.
Após 80 dias do caso, esta seria a primeira vez que Izadora Ledur prestaria depoimento à Polícia Civil.
Na tarde desta quarta-feira, o comandante Marcelo Augusto Reveles, responsável pelo treinamento do 16º Curso de Formação do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan, onde Rodrigo começou a passar mal, foi ouvido pela delegada.
Juliana Palhares afirmou que as oitivas devem apontar a influência da conduta da tenente tem relação com à hemorragia cerebral, resultado apontado no laudo da morte de Rodrigo.
“O inquérito visa a responder até onde a tenente tem participação na morte. Se o que aconteceu no treinamento poderia ter ocasionado à hemorragia cerebral, que causou a morte do aluno”, explicou.
Após as audiências, o resultado será protocolado no Fórum da Capital, e a Secretaria de Estado de Segurança Pública deve ser informada sobre o resultado.
“O resultado não deve demorar a ser divulgado, não tem porque demorar muito. O secretário de Segurança Pública será informado. Então, ele decidirá quem deve se pronunciar e falar sobre o inquérito”, disse a delegada.
Inquérito
O comando do Corpo de Bombeiros também instaurou um inquérito para apurar se houve excessos que resultaram na morte de Rodrigo.
A tenente Ledur já teria sido ouvida nesse processo, que está sob responsabilidade do coronel bombeiro Alessandro Borges Ferreira.
Cinco oficiais que atuam no treinamento dos soldados foram afastados, em decorrência desse inquérito.
O Ministério Público Estadual (MPE) também acompanha o caso.
Entenda o caso
Rodrigo Claro morreu na noite de 15 de novembro do ano passado.
Ele passou cinco dias internado no Hospital Jardim Cuiabá, na Capital.
O aluno bombeiro havia dado entrada no hospital com aneurisma cerebral após, supostamente, ter recebido uma série de afogamentos propositais em um processo conhecido como "caldo", durante o curso.
Na época, o Corpo de Bombeiros disse que mal-estar teria sido provocado após uma travessia na Lagoa Trevisan.
Na ocasião, Rodrigo teria relatado fortes dores de cabeça e exaustão, sendo liberado dos treinamentos na água.
Ao retornar para o batalhão, no bairro Verdão, o aluno foi levado a uma policlínica, onde teve duas convulsões.
Ele foi transferido e deu entrada no hospital com a saúde em "estado crítico".
Segundo a família, Rodrigo já relatava sofrer perseguição por parte da tenente Ledur, por não se sair bem em treinamentos aquáticos.
Leia mais
Colegas de bombeiro morto relatam série de torturas e humilhações em treinamento
Corpo de Bombeiros barra promoção de tenente acusada de perseguir aluno
Treinamento de bombeiros pode mudar se comprovado excesso de tenente
Morre aluno do Corpo de Bombeiros que passou mal após treinamento
ANTONIO 02/02/2017
COMO DIZ AQUELA MUSICA DE SANDY JUNIOR TENENTE. A, A, VAI TER QUE REBOLAR....... PERDA DE FUNÇÃO NA IMINÊNCIA CASO COMPROVADO
1 comentários