O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), tranquilizou os mato-grossenses sobre o espaço ocupado por representantes do Estado no governo de José Serra, caso o candidato da sigla à Presidência da República for eleito. Ao desembarcar no aeroporto Marechal Rondon nesta segunda-feira (25), em Várzea Grande, assegurou que, assim como fez o PT, a base aliada de Serra em Mato Grosso terá direito a fazer indicações.
Segundo ele, os petistas tentam confundir a opinião pública com o argumento de que o Estado perderá com a eleição de Serra ao “quebrar” o alinhamento do governo estadual com o federal, já que o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) é aliado da candidata do PT à sucessão do Palácio Planalto, Dilma Roussef. “Mato Grosso merece uma atenção especial da administração José Serra”.
Acompanhado do coordenador geral da campanha de Serra no Estado, senador Jaime Campos (DEM), e do ex-prefeito de Cuiabá e candidato derrotado ao governo, Richa, que não cumprirá agenda em Cuiabá, contou que optou por fazer campanha para Serra em Lucas do Rio Verde, com uma carreata nesta terça-feira (26), para atrair o voto dos conterrâneos paranaenses. No município situado no Nortão do Estado concentra-se grande quantidade de paranaenses que migraram para Mato Grosso.
Religiosos
Sobre a participação efetiva de movimentos religiosos na campanha eleitoral, o líder tucano vê como positiva, principalmente por provocado o PT a se manifestar sobre alguns dogmas religiosos que era favorável. “Agora, a Dilma mudou de posição por conveniência eleitoreira. O Serra não. Só teve uma cara”, declarou, ao falar sobre o projeto que trata da descriminalização do aborto, um dos assuntos predominantes na campanha do segundo turno.
Comparativo
Na avaliação de Richa, houve uma evolução das campanhas de 2006, quando o candidato do PSDB era o governador eleito de São Paulo, José Alckmin, e de 2010, em que Serra se mostra mais bem preparado para reagir aos ataques dos adversários. “O PT é muito bom em críticas e a gente às vezes não sabe responder de forma adequada”. Citou como exemplo as críticas sobre as privatizações ocorridas no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).
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