ANTONIELLE COSTA
DA REDAÇÃO
A decisão judicial que libera a exploração da rinha de galo por parte da Sociedade Avícola Nova Geração de Cuiabá, não possui efeito sob a nova investigação que vem sendo feita pela Polícia Federal. Na semana passada, o órgão deflagrou uma operação visando a coibir a atividade, em função de excessivos maus-tratos aos animais. O entendimento é o do promotor do Meio Ambiente, Domingos Sávio de Barros Arruda.
Durante a ação, a PF foi até ao local onde estavam sendo realizadas as brigas, no bairro Jardim Comodoro, na região do Coxipó, em Cuiabá, para checar uma denúncia de que a entidade estaria realizando um torneio nacional, com a participação de aproximadamente 150 pessoas, incluindo apostadores de outros Estados.
No local, a PF apreendeu 150 galos de briga que sofriam maus-tratos, mas ninguém foi preso e não houve interdição do estabelecimento, uma vez que o presidente da Sociedade Avícola alegou que possui uma decisão da Justiça, que libera a rinha de galo, por entender que a prática "faz parte da cultura brasileira".
Ao MidiaNews, o promotor Domingos Sávio explicou que a decisão foi concedida em 2001 pelo Tribunal de Justiça, no entanto, não tem validade para impedir a ação da PF, pois, segundo ele, a liminar foi deferida para impedir uma ação da Polícia Civil, em 1999. Dessa forma, não tem efeito sob a ação da PF, podendo, sim, o estabelecimento ser interditado devido à prática do crime de maus-tratos.
O promotor aguarda o resultado das investigações para oferecer denúncia contra os organizadores e apostadores das rinhas de galo promovidas pela Sociedade Avícola Nova Geração.