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Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024
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03 de Outubro de 2013, 06h:31 - A | A

POLÍTICA / CRISE NA SEDUC

Greve de professores e desgaste faz Silval rever presença de PT no staff

Rosa Neide deve assumir interinamente, enquanto Ságuas ficará na vaga de Homero Pereira, na Câmara Federal.

RENAN MARCEL



Rumores dão conta de que o governador Silval Barbosa (PMDB) estaria avaliando a possibilidade de tirar do Partido dos Trabalhadores (PT) a única pasta tocada pela sigla, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A possibilidade foi ventilada nos bastidores durante visita à Arena Pantanal esta semana, após o peemedebista afirmar que a decisão sobre as nomeações na Seduc pertencem a ele, e não a sigla.

O presidente estadual do PT, Willian Sampaio, descartou nesta quarta-feira (2) qualquer possibilidade de a secretaria não ficar ‘nas mãos’ da legenda após a saída de Ságuas Moraes, que irá assumir a vaga do ex-deputado federal Homero Pereira (PSD) na Câmara dos Deputados em Brasília na próxima semana.

“Não trabalhamos com esse cenário. Isso não está sendo considerado por nós. Não temos esse receio e nem haveria porque temer”, disse ele. O momento, na verdade, é delicado para o grupo. Os professores estão em greve a quase dois meses e, a sigla não conseguiu êxito nas negociações entre a categoria e o Governo.

O partido pretende se reunir com o governador ainda esta semana para conversar sobre a substituição do secretário, mas, de acordo com Sampaio, o anúncio do próximo nome indicado pelo PT só deve sair na segunda-feira (7), após reunião interna.

A pasta detém o maior percentual do orçamento do Governo do Estado (25%) e é o reduto do partido no Estado. Apesar de existir a possibilidade de Silval nomear alguém que não seja indicação do PT, Sampaio garante que a relação com o Governo não ficaria estremecida. “A relação do partido com o Governo continuará a mesma”, disse.

Nomes cotados

Provisoriamente, a primeira opção de Silval é o nome da secretária-adjunta de Educação, Rosa Neide, que já esteve à frente da secretaria no início da gestão do peemedebista. Mas o ex-deputado federal Carlos Abicalil e, principalmente, o deputado estadual Alexandre César também são cotados para o cargo.

Crise na Educação

Caso o Governo não consiga chegar a um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) até final dessa semana, a grande missão do novo secretário será resolver o imbróglio deixado por Ságuas. O movimento grevista deixa mais de 400 mil alunos sem aula em todo o estado.

Leia mais: Analista vê "fraqueza" de Silval em deixar Seduc nas mãos do PT

 

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Maria Aparecida M da Silva 03/10/2013

OS PROFESSORES NÃO QUEREM TRABALHAR

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