RENAN MARCEL
Rumores dão conta de que o governador Silval Barbosa (PMDB) estaria avaliando a possibilidade de tirar do Partido dos Trabalhadores (PT) a única pasta tocada pela sigla, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A possibilidade foi ventilada nos bastidores durante visita à Arena Pantanal esta semana, após o peemedebista afirmar que a decisão sobre as nomeações na Seduc pertencem a ele, e não a sigla.
O presidente estadual do PT, Willian Sampaio, descartou nesta quarta-feira (2) qualquer possibilidade de a secretaria não ficar ‘nas mãos’ da legenda após a saída de Ságuas Moraes, que irá assumir a vaga do ex-deputado federal Homero Pereira (PSD) na Câmara dos Deputados em Brasília na próxima semana.
“Não trabalhamos com esse cenário. Isso não está sendo considerado por nós. Não temos esse receio e nem haveria porque temer”, disse ele. O momento, na verdade, é delicado para o grupo. Os professores estão em greve a quase dois meses e, a sigla não conseguiu êxito nas negociações entre a categoria e o Governo.
O partido pretende se reunir com o governador ainda esta semana para conversar sobre a substituição do secretário, mas, de acordo com Sampaio, o anúncio do próximo nome indicado pelo PT só deve sair na segunda-feira (7), após reunião interna.
A pasta detém o maior percentual do orçamento do Governo do Estado (25%) e é o reduto do partido no Estado. Apesar de existir a possibilidade de Silval nomear alguém que não seja indicação do PT, Sampaio garante que a relação com o Governo não ficaria estremecida. “A relação do partido com o Governo continuará a mesma”, disse.
Nomes cotados
Provisoriamente, a primeira opção de Silval é o nome da secretária-adjunta de Educação, Rosa Neide, que já esteve à frente da secretaria no início da gestão do peemedebista. Mas o ex-deputado federal Carlos Abicalil e, principalmente, o deputado estadual Alexandre César também são cotados para o cargo.
Crise na Educação
Caso o Governo não consiga chegar a um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) até final dessa semana, a grande missão do novo secretário será resolver o imbróglio deixado por Ságuas. O movimento grevista deixa mais de 400 mil alunos sem aula em todo o estado.
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Maria Aparecida M da Silva 03/10/2013
OS PROFESSORES NÃO QUEREM TRABALHAR
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