MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
De olho na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de MT, o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Estado, Meraldo Sá (PSD), declarou em entrevista ao RepórterMT, que só deve decidir se sai ou não do Governo na próxima sexta (3), após uma reunião como governador Silval Barbosa (PMDB).
Descartando a possibilidade de que anunciaria sua definição nesta terça (31), conforme publicaram alguns veículos de comunicação, Meraldo alega que o governador Silval Barbosa (PMDB) concedeu o restante da semana para que ele faça a escolha.
O secretário destaca que vai usar este tempo para conversar com sua base, empresários e familiares.
Para Meraldo a maior preocupação é com o aporte financeiro e de pessoal para trabalhar uma campanha com estrutura para atingir todo o estado.
“Se eu for sair candidato, tem que ser uma campanha de muita luta. Porque sair faltando oito meses para começar a campanha não é fácil. Este é um estado gigantesco. Precisamos de uma boa equipe e de muito apoio, porque essa é uma decisão que não volta”, ressaltou.
Representante do pequeno município de Acorizal a 64 km de Cuiabá, Meraldo que foi presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, durante o biênio 2011/2012, estabeleceu fortes laços políticos e tem ‘passe livre’ dentro do Governo e junto à direção de seu partido. Essa ‘bagagem’ e força política estaria incomodando alguns colegas de partido que buscam a reeleição como deputado estadual.
Prazo final
O prazo dado pelo governador Silval Barbosa, para que os secretários que fossem candidatos deixassem as pastas ia até esta terça (31).
Os primeiros a declararem que deixavam o Governo foram os secretários Francisco Faiad (PMDB) da Secretaria de Administração, Francisco Vuolo (PR), da Secretaria de Acompanhamento da Logística Intermodal e Transportes (Selit) e Eder Moraes (PMDB), do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat).
Os substitutos para as pastas foram escolhidos pelo governador dentro do próprio staff. Para o comando do Ermat quem assume é o administrador de empresas Eduardo Vizotto, que já atuava como ‘braço direito’ do governador em Brasília. A Administração ficará a cargo do adjunto Pedro Elias, e a Selit ficará a cargo do atual chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa.
Apesar da Lei de Inegebilidade permitir que os gestores deixem os cargos até o dia 5 de abril de 2014, Silval pede antecedência para garantir o equilíbrio das contas públicas do Estado. O governador quer garantir que em 2014 cada Secretaria seja gerida por apenas uma pessoa, facilitando assim a prestação de contas ao fim do mandato.