RENAN MARCEL
O governador Silval Barbosa (PMDB) tentou justificar os atrasos das obras da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá e Várzea Grande, durante a visita da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O peemedebista se queixou dos diversos problemas enfrentados para conseguir tocar as obras.
No caso do viaduto do Despraiado, por exemplo, Silval atribuiu os atrasos e os diversos adiamentos de sua inauguração devido à greve do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).
Segundo o governador, desde novembro de 2012 o órgão não faz os repasses ao Governo do Estado para o pagamento às empreiteiras que trabalham nos projetos conveniados do pacote de obras de mobilidade e travessia urbana.
“Sabe quem tá bancando até agora? É o Governo de Mato Grosso. A última parcela que recebemos foi em novembro de 2012. O convênio do Dnit só pagou uma parcela e a partir dai não pagou mais nada. Mas nós estamos fazendo a obra”, queixou-se.
Além do atraso nos repasses e da greve dos servidores do Dnit, Silval ainda listou outras dificuldades encontradas na execução do viaduto e de outras obras. Segundo o chefe do Executivo estadual, projetos mal feitos e interferências emperraram o andamento das construções.
“Teve de tudo. Repasses, greve, projetos mal feitos, interferências, redes de águas e energias que as concessionárias não tiram no prazo”, elencou. O Governador não especificou quais foram as interferências realizada nas obras, mas muitas delas foram judiciais, como no caso do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
GRANDE VOLUME DE OBRAS
Os senadores Blairo Maggi (PR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Sérgio Souza (PMDB-PR), membros da subcomissão, saíram satisfeitos da visita, mas reconheceram os atrasos. Maggi atribuiu os atrasos não somente aos problemas enfrentados, mas ao grande volume de obras que estão sendo realizadas na Grande Cuiabá.
O senador declarou que Cuiabá está entre as cidades mais atrasadas por não ter desistido das grandes obras, como fizeram outras sedes. De acordo com a Secopa, são quase 60 obras.
“Talvez Cuiabá esteja entre as mais atrasadas porque Cuiabá não desistiu das obras. Grande parte das outras sedes simplesmente abandonaram grandes obras de mobilidade urbana, em função da grande dificuldade que existe na questão da fiscalização dos órgãos de controle. Curitiba desistiu do metrô. Porto Alegre tem problema de obras. Várias capitais desistiram. O Governo de Mato Grosso e os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande persistiram”, disse.