VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
O fogo voltou a tomar conta do Vale da Benção, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), levantando a suspeita de ação criminosa. Moradores acreditam que em até três dias, todas a região poderá ser consumida.
“Infelizmente, apesar de todos os esforços, apesar de tudo que a gente desprendeu de energia, de recursos financeiros, materiais, o fogo avançou, cruzou todas as nossas linhas de defesa, e nós estamos a mercê dele agora. Acredito que, salvo um milagre, amanhã já teremos ele nas nossas portas e mais dois dias, no máximo três, não restará mais absolutamente dentro de todo o conjunto do vale da benção”, disse Marcos Sguarezi, que tem propriedade no local.
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Sguarezi disse que o fogo já havia cessado e não existia a possibilidade de retomada. No entanto, o incêndio recomeçou neste domingo (8) em proporções maiores. “Do nada o fogo reiniciou em uma condição que não tinha como haver reinício”, explicou.
O Vale da Benção é um dos locais mais buscados pelos turistas que visitam Chapada dos Guimarães e abriga nascentes que abastecem o Pantanal.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio teve início no dia 21 de agosto, na região do Coxipó do Ouro. Com o vento, o fogo se alastrou e alcançou o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e o Vale da Benção, que está localizado a 3,5 km ao sul da unidade de conservação federal. Brigadistas do ICMBio monitoram o local desde o dia 22 de agosto.
O proprietário Marcos Sguarezi disse que está há pelo menos 12 dias virando dia e noite ajudando a combater o incêndio. Além do ICMBio, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e voluntários também atuam no combate.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 26 militares atuam no combate ao incêndio em Chapada dos Guimarães. Eles também estão dando apoio ao ICMBio no combate ao incêndio que atinge o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Participam das ações a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil Municipal de Chapada dos Guimarães e Força Aérea Brasileira, além de brigadistas do ICMBio, SOS Pantanal e Brigada do Jamacá.
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