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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

26 de Agosto de 2024, 17h:20 - A | A

GERAL / SECA SEVERA

Mato Grosso e mais 15 estados enfrentam pior estiagem dos últimos 44 anos, revela levantamento

Desde os anos 1980, a situação não era tão ruim em 16 estados e no DF.

DO REPÓRTERMT



Dezesseis estados brasileiros e o Distrito Federal enfrentam o pior período de seca, no período entre os meses de maio e agosto, desde 1980. Além do DF, a lista inclui os estados de Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins.

Os dados constam em levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) divulgado nesta segunda-feira (26), pelo portal G1. O órgão é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e é o responsável por fornecer ao Governo Federal informações sobre o cenário climático do país.

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“A gente nunca tinha visto de forma tão expandida pelo país, fora dos estados do semiárido, uma seca tão longa. Já são 12 meses de duração. Isso é um cenário muito preocupante”, explicou Ana Paula Cunha, especialista em secas e pesquisadora do Cemaden.

Conforme o Cemaden, os primeiros registros dessa seca prolongada datam de junho do ano passado, quando foi observada a chegada do Em Niño, que mudou os ciclos da chuva no país.

A expectativa era que o período chuvoso de outubro amenizasse os impactos desse fenômeno, mas os bloqueios atmosféricos impediram o avanço das frentes frias. Por conta disso, com exceção do Rio Grande do Sul, o índice de chuvas ficou abaixo da média em todo país. A região Norte, por exemplo, vive a pior seca desde então.

No começo deste ano se esperava que a estiagem desse uma trégua, mas isso não aconteceu. O El Niño se encerrou, mas o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, consequência do aquecimento global, manteve o padrão de chuvas abaixo da média.

Nesse período, o país registrou recorde de temperaturas máximas, o que contribuiu para deixar o clima ainda mais seco, já que as altas temperaturas provocam a evaporação das águas dos rios. O normal seria que elas se transformassem em umidade e voltassem como chuva, mas isso também não estava acontecendo.

Atualmente, mais de 3,8 mil cidades estão com alguma classificação de seca, um número quase 60% maior no período entre julho e agosto.

“Quanto mais tempo esse cenário durar, mais impactos ele causa, mas mais que isso, é mais difícil ainda de recuperar. A situação é tão grave que é preciso ciclos de chuva acima da média para ajudar a amenizar e isso não vai acontecer no próximo ciclo. Não vai ser o suficiente”, explica Ana Paula Cunha.

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