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30 de Novembro de 2017, 16h:00 - A | A

GERAL / TORTURA EM TREINAMENTO

'Só estou vivo porque desisti', diz ex-aluno sobre curso que matou bombeiro aspirante

A denúncia do ex-aluno bombeiro Maurício Santos é revelada um ano após a morte de Rodrigo Claro, morto após passar mal durante treinamento e não ter socorro adequado

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O ex-aluno bombeiro Maurício Santos, que participou do 15º curso de Formação do Corpo de Bombeiros, é outro aluno que afirma ter sido torturado pela tenente Izadora Ledur. Ela foi acusada de ser responsável pela morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos, em novembro de 2016. 

Ao , Maurício afirmou que estaria morto caso não tivesse desistido das aulas.

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“O que aconteceu com o Rodrigo, aconteceu comigo da mesma forma. A única diferença é que saí com vida. Fui obrigado a desistir para salvaguardar a minha vida. Eu tinha certeza que não sairia com vida”, conta.

O curso de Maurício teve início em julho de 2015. Ele afirma que desistiu um mês antes da formatura, devido às torturas a que era submetido. “Teve um comandante que disse: antes um frouxo vivo do que um arrochado morto, já assinando o meu atestado de óbito. Infelizmente alguns meses depois o Rodrigo Claro morreu”.

Maurício, agora com 28 anos, está desempregado atualmente. Ele busca reparar na Justiça o tempo perdido. Na época do curso, o jovem chegou a abandonar a faculdade de Direito, que havia financiado por meio do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), recurso que já não pode mais ser usado por ele.

A morte

Rodrigo era aluno do 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso e morreu no dia 15 de novembro de 2016. Ele passou mal durante aula prática de primeiros-socorros aquáticos na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, quando a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), a vítima demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e, diante da situação, a tenente utilizava métodos abusivos nos treinamentos para puní-lo.

Depoimentos colhidos durante a investigação indicam que Rodrigo foi submetido a intenso sofrimento físico e mental. O MPE denunciou o "perfil perverso da tenente como instrutora".

Ledur chegou a ser afastada das atividades após apresentar sete atestados médicos para tratamento de saúde, com depressão, desde a época do caso e segue afastada até janeiro de 2018.

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Comente esta notícia

CAMPOS 01/12/2017

E pensar que essa assassina não será banida da corporação e ainda será promovida é só da tempo ao tempo e veremos, infelizmente esse aluno morreu por conta das atrocidades e descontrole dessa mostro tenente !!! qdo passo em frente ao quartel do corpo de bombeiro meu filho fala "pai, mãe quando eu crescer quero ser bombeiro" na hora já respondo jamais ai dentro você pode ser assassinado pelos seus comandantes e superiores" vai estudar filho ?????

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1 comentários