RAFAEL DE SOUSA
REDAÇÃO
Segundo fontes do Ministério Público do Estado (MPE), o empresário Paulo César Lemes, dono do Instituto de Desenvolvimento Humano e do Instituto Concluir, em delação premiada teria revelado que a ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa, presa pelo Gaeco, na tarde desta quinta-feira (20), em São Paulo, exigia 40% do lucro obtido por meio dos contratos fraudulentos.
Segundo o empresário, o ex-assessor especial da ex-primeira-dama, Rodrigo de Marchi, era o responsável em receber a suposta propina e repassar, em seguida, a Roseli. As irregularidades aconteceram nos anos de 2012 e 2013. Paulo Lemes revelou ainda que ficava com 36% do dinheiro e o restante do grupo com 24%. Mesmo assim ele nega ser o ‘cabeça do esquema’.
PRISÕES
A prisão de Roseli Barbosa foi decretada pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, após delação premiada do empresário Paulo Lemes, dono de institutos que prestaram serviços para o governo na gestão Silval.
Também foram presos o empresário Nilson da Costa e Faria, Rodrigo de Marchi e Silvio Cezar Correa Araújo (ex-chefe de gabinete do então governador, Silval Barbosa).
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que só soube da prisão da sua esposa, a ex-primeira-dama Roseli Barbosa, agora a pouco, informou por meio da assessoria de imprensa, na tarde desta quinta-feira (20), que segue para capital paulista com objetivo de acompanhar o desdobramento da prisão.
Barbosa afirmou ainda que não deverá fazer nenhuma declaração neste momento até conhecer os motivos e detalhes da prisão. “O que posso dizer é que confiamos na Justiça, mas vamos combater os excessos, pois acredito que a prisão é desnecessária, uma vez que a Roseli não participou de nenhum esquema na Secretaria”, finalizou. Ainda não há informações para onde a ex-primeira-dama será encaminhada.