KELLI JACOB
Deixe-me falar sobre comunicação. Não como algo técnico, mas verdadeiramente como é; o sopro da vida às marcas. Uma marca que constrói sonhos em forma de empreendimentos de alto padrão. Comunicação não é vender. É conectar. É deixar que as pessoas nos sintam antes mesmo de decidirem confiar em nós.
Às vezes, ouço dizer que uma mídia, como um outdoor, “não vende”. Eu me pergunto, quem foi que disse que tudo está à venda? Marketing não é apenas um meio para se chegar a um fim, mas um ato de criar relevância, presença e desejo. O outdoor, o digital, a TV, o rádio, o folder, os eventos, todos os canais, cada um à sua maneira, têm uma tarefa importante; construir memória. E a memória é o que faz com que alguém, no momento certo, escolha não apenas um imóvel, mas o que aquele imóvel representa, o nome que ele carrega, a marca que assina.
Marketing não acontece só do lado de fora. Ele começa internamente, nos corredores, nas conversas, nos detalhes do dia a dia. O sorriso genuíno de um colaborador, o cuidado em preparar um cafezinho, o respeito pelo dress code que reflete os valores da empresa, tudo isso é marketing. Marketing é a experiência que construímos, não só para os clientes, mas para todos que vivem e convivem com a marca.
O endomarketing é a espinha dorsal dessa experiência. Ele não é apenas uma ferramenta para engajar, mas um reflexo da alma da empresa. Quando valorizamos nossos colaboradores, quando promovemos ações que fazem com que cada um se sinta parte de algo maior, estamos construindo uma marca viva. Cada aniversário celebrado, cada palestra oferecida, cada gesto de cuidado e pertencimento alimenta o que somos. E o que somos reflete no que mostramos ao mundo. Afinal, uma marca só é forte do lado de fora se for verdadeira e inspiradora por dentro.
Não reconhecer o valor de cada canal, de cada ação interna ou externa é como ignorar que um perfume pode marcar uma história e eternizar -se na memória. Marketing não se reduz ao tangível, ao óbvio, ao “vendeu ou não vendeu”. É sutil, mas decisivo.
E aqui está algo que não podemos ignorar, cada cidade é um universo. O que funciona em um mercado não necessariamente funcionará em outro. Antes de impor o que dá certo em um lugar, é preciso observar. Estudar. Entender os hábitos de mídia, os ritmos, as nuances de cada região. O que faz sentido para um público de grandes metrópoles pode não alcançar o coração de uma cidade menor, com outra cultura e outro olhar. Respeitar essas diferenças é parte do trabalho de quem entende o marketing como uma ciência viva e local, que pulsa até em eventos institucionais. Aquele tipo de ação que parece “não comercial”. Parece. Porque, na verdade é nesse momento, sem panfletos ou discursos de vendas que a marca vibra. Quando promovemos uma palestra, uma experiência cultural ou encontros, nos elevamos. E a marca, ao se elevar, torna-se inesquecível.
Marketing é uma ciência e uma arte. E como toda arte, merece ser compreendida, ou admirada diante da nobreza de estratégia. Não se trata de intuição, mas de visão, e a do marketing é ampla. Enxerga além das vendas imediatas, além dos números na mesa. Ela constrói o futuro.
E neste terreno nascem marcas inesquecíveis. O que germina é o conjunto, o planejamento, o invisível, o que parece dispensável, mas é essencial.
Se quisermos ser grandes, não basta vender. É preciso ser lembrado. E, para ser lembrado, é preciso tocar. Em todos os momentos, em cada contato com o cliente, antes, durante ou depois da venda. Porque uma marca de alto padrão não se resume a imóveis. Ela é um estado de espírito, uma promessa. E promessas não se fazem com pressa, requer zelo e verdade. E afinal o que o marketing tem a dizer? Que acima de tudo é um observador, uma testemunha da vida, dos nascimentos e até criadores de gigantes. Mas, não veio para impor, mas para despertar o mais profundo desejo.
Kelli Jacob Gerente de Marketing da São Benedito S.A