APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que a ação judicial que o acusa de caixa dois é, na verdade, orquestrada pelo grupo político do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), numa tentativa de dar um “tapetão”.
A ação, movida pelo O Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Mato Grosso, pede a cassação do prefeito por suposto abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral por conta dos gastos com agências de publicidade. O PDT é o partido de Miriam Calazans, que foi candidata a vice na chapa liderada por Domingos Kennedy (MDB), e ambos são apadrinhados políticos de Emanuel.
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Em entrevista à rádio CBN Cuiabá, Abilio disse que o grupo do ex-prefeito quer tumultuar a nova administração.
“Aí aparece um partido como o PDT, que não tem um vereador no município de Cuiabá, que sequer foi para o segundo turno e que a candidata do partido não podia votar nem nela mesma, vem tumultuar o processo. Pessoas ligadas ao grupo do Emanuel nessa situação, depois do fim do mandato, tentando puxar no tapetão. Não é assim que funciona”, afirmou.
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Abilio explicou que o processo é consequência da decisão da Justiça Eleitoral que, em primeiro grau, não reconheceu a sua prestação de contas relativas aos serviços de comunicação e publicidade.
“Houve um equívoco da parte do juiz e da sua assessoria ao interpretar essa decisão e pedir a devolução de todo o valor. Se o juiz tivesse identificado que uma ou outra coisa tivesse incorreta e pedisse a devolução de uma ou outra coisa, tudo bem. Mas ele pediu a devolução de todos os valores de comunicação. Um montante de 2,8 milhões de reais. Lembrando que foi prestado contas, o juiz que recusou a prestação de contas desse montante, desse valor”, disse Abilio.
“Ou seja, o PDT pega a nossa prestação de contas e fala que nós usamos de forma irregular o recurso. O juiz pega a nossa prestação de contas e fala que não enxergou as contas prestadas. Ou eu vou ser processado por não prestar contas ou eu vou ser processado por ter gasto. Não tem como as duas coisas, porque um processo anula o outro”, ironizou.
Abilio disse que vai recorrer da decisão da primeira instância junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e, se necessário, em outras instâncias do Poder Judiciário.