facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 15 de Janeiro de 2025
15 de Janeiro de 2025

15 de Janeiro de 2025, 13h:43 - A | A

POLÍCIA / MATARAM 2 A TIROS

Fazendeira e médico vão a júri popular por tentativa de chacina

Eles respondem pela tentativa de chacina em Peixoto de Azevedo, onde invadiram uma casa atirando e mataram Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Cruz.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, determinou que o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, sua mãe Inês Gemilaki e o cunhado dela, Edson Gonçalves Rodrigues, sejam julgados pelo tribunal do júri. Os três respondem pela tentativa de chacina que resultou na morte dos idosos Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Cruz.

Inês, Bruno e Eder foram presos em abril de 2024 por invadirem a casa do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, matar duas pessoas e deixar duas feridas. O crime foi todo gravado por câmeras de segurança. 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Em sua defesa, Inês afirmou que matou Rui por tê-lo confundido com o seu desafeto, Enerci, que cobrava dela valores referentes ao aluguel de uma propriedade. Ela afirmou à Justiça que “não possuía plenamente suas capacidades de autodeterminação” no momento do crime, por isso se confundiu. Já a vítima Pilson teria sido morta por um dos vários disparos que foram feitos na residência no momento da invasão.

LEIA MAIS - Médico culpa mãe fazendeira por mortes em Peixoto de Azevedo, mas TJ nega liberdade

Já o médico é acusado de disparar contra o garimpeiro, o que o magistrado alega ter sido comprovado pelos cartuchos deflagrados da espingarda calibre 12 no sofá que a vítima usou como escudo no momento da invasão.

Para o magistrado, a motivação do crime foi fútil e a reação dos acusados desproporcional, “evidenciando sua natureza injustificada”.

“Assim sendo, reputo que as provas colhidas são suficientes para submeter o réu a julgamento pelo Júri Popular, que é o juiz natural dos crimes dolosos contra a vida”, finalizou o magistrado.

Eles serão julgados por dois homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, agravados por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítimas.

Relembre

Enerci sobreviveu ao atentado porque a arma de Inês falhou três vezes.

As investigações apontaram que Inês foi inquilina de Enerci por mais de um ano. Ao entregar a casa, ela teria deixado dívida de aluguel, além de câmeras quebradas e outras avarias.

Ela não teria aceitado quitar a dívida e ele a colocou na Justiça.

Comente esta notícia