CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
Dos 11 representantes de Mato Grosso no Congresso Nacional, apenas dois deputados federais votaram por manter o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o aumento de verbas para o Fundão Eleitoral, que passará a contar com R$ 5,7 bilhões para financiamento das campanhas eleitorais.
O veto foi colocado para votação na Câmara dos Deputados e no Senado nessa sexta-feira (17), e apenas Emanuelzinho (PTB) e Nelson Barbudo (PSL) foram contrários. Vice-líder de Bolsonaro na Câmara, o deputado federal José Medeiros (Podemos) chegou a justificar seu voto nas redes sociais.
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"É indefensável, mas acabei votando não, totalmente convicto de que o sim estaria derrubando o veto. Estava online e infelizmente houve desencontro com a assessoria", escreveu no Twitter.
O erro do parlamentar se deu porque, na realidade, quem votasse sim estaria mantendo o veto de Bolsonaro, rejeitando o aumento pretendido pelos políticos e mantendo o valor de R$ 2,1 bilhões destinados para o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (o Fundão) para 2022.
Conforme o noticiou, os congressistas incluíram o aumento no Fundão durante as votações do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, majorando o valor para R$ 5,7 bilhões.
Na época, votaram favoráveis os deputados Emanuelzinho, Dr. Leonardo (SD), Juarez Costa (MDB), Valtenir Pereira (MDB), Nelson Barbudo (PSL) e Neri Geller (PP). José Medeiros estava ausente e a deputada Rosa Neide votou contra o novo valor.
Já no Senado, os três representantes de Mato Grosso se posicionaram favoráveis pelo novo fundão, sendo eles Carlos Fávaro (PSD), Jayme Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL). Eles mantiveram o voto e derrubaram o veto de Bolsonaro.
Entretanto, à época da primeira votação, Jayme Campos havia criticado o aumento no valor e defendeu até mesmo a extinção do fundão. Ele afirmou que o financiamento de campanha com dinheiro público atraía "pilantras".
"Colocaram na LDO R$ 5,7 bilhões para fundo partidário, dar dinheiro para alguns pilantras serem candidatos. Você quer ser candidato? Vai ser candidato com seu dinheiro. Vai gastar sola de sapato, vai gastar saliva", disse o senador, na ocasião.
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