FLÁVIA SAID
DO METRÓPOLES
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), popularmente conhecida como bancada do agro, responsabilizou o governo Lula (PT) pela suspensão das linhas de crédito rural do Plano Safra 2024/2025.
Para o grupo, a suspensão, anunciada na quinta-feira (20) pelo Tesouro Nacional, “resulta do aumento da taxa Selic [a taxa básica de juros] de 10,50% em julho de 2024 para 13,25% em janeiro de 2025, impulsionado pela falta de responsabilidade fiscal do governo e pela desvalorização da moeda”.
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A FPA lembra que o plano atual foi aprovado no orçamento de 2023 e anunciado como “o maior Plano Safra da história”. “Mas, no momento em que os produtores ainda colhem a primeira safra e iniciam o plantio da próxima, os recursos já se esgotaram”.
Plano Safra 24/25
O Plano Safra de 24/25 prevê R$ 400 bilhões destinados a financiamentos para médios e grandes produtores.
Para a agricultura familiar, estão liberados R$ 85,7 bilhões.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção deste ano terá um recorde de 8,3% em relação à safra anterior, totalizando 322,47 milhões de toneladas de grãos.
Os brasileiros sofrem com a pressão nos preços dos alimentos.
A inflação de alimentos passou de -0,5%, em 2023, para 8,2%, em 2024.
O governo descartou medidas “heterodoxas”, como o tabelamento de preços, para forçar a queda nos valores dos alimentos.
Nesta sexta-feira (21/2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em nota, que prepara um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) em busca da liberação imediata das linhas de crédito.