VANESSA MORENO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT
O vereador Dilemário Alencar (União) classificou a votação secreta da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, aprovada nesta sexta-feira (27), cinco dias antes da eleição, como um "grande atropelo". Ele foi um dos parlamentares que votaram contra o projeto, por acreditar que a votação deve ser pública para atender aos anseios da população e também por não ter obedecido as regras da Casa, conforme manda o Regimento Interno.
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"Eu votei contra, primeiro, porque o eleitor quando vota em um candidato, ele vota na perspectiva que todos os atos desse candidato que ele elegeu sejam públicos e a votação para a Mesa Diretora da Câmara sempre foi o voto aberto, sempre foi, tradcionalemnte, aberto para não ter sigilo e faltando apenas cinco dias para eleição da Mesa Diretora, muda a regra do jogo. E outra, houve atropelos, do ponto de vista regimental", comentou o parlamentar.
Em primeiro lugar, Dilemário questionou a votação sobre a eleição da Mesa em Sessão Extraordinária, uma vez que o Regimento Interno determina que só serão votadas nesse tipo de sessão as pautas urgentes, de relevância para a sociedade.
O segundo questionamento do parlamentar é quanto ao quórum, já que o mesmo Regimento diz que é preciso 2/3 ou seja, 17 votos para que o projeto fosse aprovado. No entanto, a nova regra para a eleição da Mesa foi aprovada por 15 votos a favor e 9 contrários.
"Foi um festival de atropelos, regimentalmente falando, e foi um retrocesso, porque, volto a dizer, o homem público não tem que ter segredo, ele tem que votar tudo aberto aqui na Câmara Municipal", finalizou Dilemário.
Com a aprovação, a eleição da Mesa Diretora, que deve ocorrer no próximo dia 1º, após a posse dos vereadores, será secreta, com o uso de cédulas de papel, depositados em urna.