FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), culpou a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) e a pandemia de Covid-19 pela dívida superior a R$ 165 milhões da Prefeitura em direitos trabalhistas de servidores municipais, em nota publicada nesta quarta-feira (16).
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No documento, a prefeitura alega que mesmo a Empresa Cuiabana sendo uma autarquia, dotada de personalidade jurídica própria e de autonomia financeira, Emanuel, "na qualidade de gestor do orçamento geral do município", ao tomar conhecimento das dívidas pendentes de encargos não recolhidos, assumiu a responsabilidade de adotar medidas para resolver essa situação.
No último dia 10, Emanuel encaminhou à Câmara Municipal um Projeto de Lei em que pretende parcelar a dívida em 60 meses. Segundo o emedebista, a medida é “um instrumento legal, previsto em lei”.
“Essa medida visa preservar o fluxo de caixa do tesouro municipal, evitando atrasos nos pagamentos de outras despesas correntes e em investimentos estratégicos que influenciam diretamente na qualidade de vida dos cidadãos”, pontuou o prefeito.
Além de responsabilizar a ECSP pela dívida, Emanuel também citou os gastos com a pandemia de Covid-19.
“Durante o período da pandemia, os insumos e medicamentos tiveram alta em média de 129%, assim mesmo a gestão da ECSP manteve a priorização do atendimento ao usuário”, ressaltou.
“Lei do Calote”
O Projeto de Lei de Emanuel foi bastante criticado pelos vereadores de Cuiabá, que o apelidaram de “Lei do Calote”.
O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) classificou como 'absurdo' o projeto e ainda disse que é "muita coragem do prefeito enviar uma proposta dessa para o Legislativo Municipal", onde assume publicamente o calote nos servidores.
"Tem que ter coragem para enviar esse projeto para esta casa. Porque nesse projeto ele (Emanuel) fala, 'peguei seu dinheiro trabalhador, dinheiro que era para pagar o INSS, seu fundo de garantia - dinheiro da merendeira da escola, do professor, do médico e do enfermeiro - eu reti da sua conta, mas não repassei. E agora o que eu vou fazer? Eu vou pagar o que eu te devo em cinco anos'. E agora, mandou para esta casa chancelar essa lei aqui, a lei do calote. Parece até brincadeira. Nesse projeto assinado pelo prefeito ele assume que deu um calote nos trabalhadores de R$ 165 milhões", declarou vereador.
Dilemário Alencar (Podemos), por sua vez, afirmou que o projeto é ilegal e que, além disso, Emanuel Pinheiro confessou que cometeu crime de apropriação indébita.
Já a vereadora Michelly Alencar (União Brasil) lembrou que foi responsável por fazer a denúncia de apropriação indébita previdenciária há poucos meses e que chegou a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades, que foi negada por maioria dos colegas de parlamento, que formam a base aliada de Emanuel.
"Fui uma das vereadoras que inicialmente fez essas denúncias aqui nesta Casa, cheguei a colocar os áudios dos servidores aqui que estavam sendo vítimas desse calote. Descontos sendo feitos na folha e não repassados para os órgãos competentes. Chegamos inclusive a propor aqui uma CPI para acompanhar esse caso", afirmou.
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Freitas 17/08/2023
Mas é um mala de 1ª mesmo, quando a época da pandemia recebeu milhões do governo federal , rasgou dinheiro a vontade !! Quem lembra das idiotices tipo : drone pulverizador de COVID ? Entre outros milhões de desperdícios . Agora vem com está desculpa.
Welton 16/08/2023
Este prefeito e sua quadrilha embolsaram todo o dinheiro que vei do governo,federal e os recursos do município para enfrentamento da COVID 19 , agora vem falar em parcelar dividas de servidores toma vergonha nessa carra de pau sua seu corrupto. Se ainda existir lei neste país ainda espero ver este líder de quadrilha na cadeia que e o lugar dele
2 comentários