FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), instaurou procedimento para investigar a denúncia do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) de que vereadores de Cuiabá teriam sido eleitos com apoio de uma facção. A informação foi dada pelo procurador de Justiça Domingos Sávio, nesta quarta-feira (13).
Abilio denunciou ainda que alguns vereadores, cujos nomes não foram citados, relataram terem recebido propostas de R$ 200 mil para votar na Mesa Diretora seguindo a orientação dos criminosos.
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“O Ministério Público, por meio do Gaeco, já instaurou uma investigação preliminar visando apurar as declarações feitas pelo prefeito eleito Abilio Brunini de que vereadores de Cuiabá foram eleitos apoiados por organizações criminosas que estariam agora tentando influenciar na definição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos acompanhar essas investigações do Gaeco e tenho certeza que teremos um esclarecimento de tudo isso”, disse Domingos Sávio em um vídeo compartilhado no Instagram.
Em um outro vídeo, o procurador diz que a denúncia feita por Abilio não é leviana e não pode ser encarada como discurso político.
“O crime organizado, de fato, vem se mobilizando em todo o Brasil, para cada vez mais se embrenhar nas estruturas da administração pública, em geral. Os líderes das organizações criminosas se convenceram de que é por demais importante para os seus negócios estender tentáculos nas entranhas dos Poderes”, destacou.
“A denúncia feita por Abilio não surpreende na medida em que é notória a movimentação das organizações criminosas, visando ocupar espaços na administração pública”, concluiu.
Denúncia à polícia
No último dia 11, Abilio afirmou que já denunciou à Polícia Federal a suposta interferência de uma facção na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
“Eu já dei os nomes à polícia. Para as pessoas que vão fazer a investigação desse processo, eu já dei os nomes. Provavelmente vai correr em sigilo, até que haja a comprovação dos fatos”, disse Abilio à imprensa nesta sexta-feira (8).
"A informação que tive é que uns dois ou três teriam aceito, mas a gente não tem certeza. Então não vou me dispor a dizer se aceitou ou não aceitou”, completou.
Apesar de não divulgar os nomes, o prefeito eleito disse que alguns dos vereadores que estariam supostamente ligados à facção seriam os que foram citados nas Operação Ragnatela e Pubblicare, deflagrada pela em junho e setembro pela Polícia Federal
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