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Cuiabá, 18 de Outubro de 2024
18 de Outubro de 2024

31 de Janeiro de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / LEIS FROUXAS

Mauro: "Prisões são centros de requalificação para o crime"

O governador defende a criação de leis inteligentes para mudar o padrão da sociedade.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu em entrevista à Jovem Pan, na noite de segunda-feira (29), "leis mais duras e inteligentes" para reduzir a criminalidade no País. Para ele, as prisões brasileiras se tornaram um verdadeiro "centro de requalificação para o crime".

"O bandido perdeu o respeito, perdeu o medo da Polícia, perdeu medo da Justiça. (...) Os presídios brasileiros não são centros de ressocialização, são centros de requalificação para o crime e todos nós sabemos disso", acrescentou.

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Os presídios brasileiros não são centros de ressocialização, são centros de requalificação para o crime

Mauro recordou que, nos últimos 40 anos, os principais indicadores de Segurança Pública pioraram no Brasil. Entretanto, o país está entre os 10 que mais investem na área.

"Nós estamos entre os países que mais investem em segurança, mas estamos entre os países mais violentos do mundo. Das 30 cidades mais violentas do mundo, 10 estão no Brasil", disse.

Mauro defendeu uma "desestruturação do crime", com a criação de leis inteligentes, que mudem o padrão de comportamento da sociedade como um todo.

"Um exemplo é a lei de trânsito. Na questão de velocidade, todo mundo sabe que se você passar o limite dentro da cidade, vai tomar uma multa de cento e poucos reais. Então 90% das pessoas desaceleram onde tem um radar, depois acelera. Se esquecer, vem uma multa, que é baixa, e nada muda", explicou.

"Agora, se beber e dirigir, a multa é alta, tem que pagar fiança, apreende o carro. E isso tem mudado a cultura. Muita gente usa Uber, ou combina com alguém que não vai beber pra levar de volta, porque sabe que o risco é alto. Porque a lei foi inteligente e capaz de normatizar um padrão de comportamento na sociedade", pontuou.

Por fim, o governador defendeu que a classe política precisa se debruçar sobre esses temas, ao invés de debater questões como o uso ou não de câmeras nas fardas dos policiais.

"Essa discussão não resolve nada, só desvia o foco. O problema da Segurança não está em câmera ou não na farda. Isso é um factoide pra chamar a atenção e não resolver aquilo que precisa ser resolvido", concluiu.

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