FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), investigará todos os contratos da Prefeitura de Cuiabá com as empresas Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Centro América Frotas Ltda, alvos da Operação Gomorra, deflagrada nessa quinta-feira (7). Ao todo, são seis contratos que somam aproximadamente R$ 18,7 milhões.
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A Operação Gomorra revelou a existência de uma organização criminosa acusada de fraudar licitações para saquear Prefeituras e Câmaras de Vereadores em Mato Grosso. O bando teria faturado R$ 1,8 bilhão com o esquema.
Com a relação à empresa Pantanal Gestão, o prefeito Emanuel Pinheiro firmou um contrato, em 2022, de R$ 12 milhões, que vai até junho de 2025. De acordo com o Portal Transparência, a empresa presta serviço à Limpurb “de administração e gerenciamento informatizado para a locação de veículos, máquinas e equipamentos, por meio de redes de estabelecimentos credenciados pela contratada via sistema”.
A empresa presta serviço também para Secretaria de Gestão, no valor de R$ 480 mil, e para a Secretaria de Obras Públicas, no valor de R$ 4,5 milhões. Esses contratos também só acabam em 2025.
Já a Centro América Frotas Ltda tem contrato de R$ 1,3 milhão junto à Secretaria Municipal de Educação para controle de frota.
A empresa ainda possui contrato de R$ 360 mil para atender a Secretaria Municipal de Assistência Social e de R$ 128 mil com a Limpurb. Os contratos se encerram também em 2025.
Operação Gomorra
A operação foi deflagrada na manhã dessa quinta-feira (07) e investiga Edézio Correa, que é a figura central da organização criminosa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo, todos foram alvos de mandado de prisão, exceto Karoline Quatti.
De acordo com o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), todos eles fazem parte da mesma família e são ligados aos quadros societários dessas empresas, que foram alvos de busca e apreensão.
Além deles, membros da administração da Prefeitura de Barão de Melgaço, bem como a prefeita Margareth Gonçalves da Silva (União), foram alvos de busca e apreensão.
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