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Cuiabá, 06 de Novembro de 2024
06 de Novembro de 2024

06 de Março de 2011, 19h:08 - A | A

POLÍCIA /

Advogado que bateu no Portão do Inferno já matou delegado e amante



O advogado que bateu contra o paredão do Portão do Inferno, em Chapada, na noite de ontem (04), tem histórico de problemas com a Justiça. Ele matou no RJ um delegado e em MT a própria amante, com requintes de crueldade. Ao ser indiciado, tentou se matar, pulando do prédio da DHPP, em Cuiabá.

 

MAYARA MICHELS 12h40
REDAÇÃO

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O advogado Paulo Roberto Gomes dos Santos, de 52 anos, que ficou gravemente ferido na noite de ontem (4), após colidir o seu veículo no paredão do Portão do Inferno em Chapada dos Guimarães, é o autor de dois assassinatos que chocaram o país, em 2004.

Ele cumpriu pena por homicídio triplamente qualificado, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e falsa identidade. Também conhecido como Francisco de Ângelis Vaccani Lima, ele confessou o assassinato de sua amante, a estudante Rosemeire Maria da Silva, morta e decapitada no mês de abril de 2004, dentro de um motel em Juscimeira. Paulo Roberto Gomes dos Santos é acusado ainda de falsa identidade, já que se apresentou como Francisco de Angelis Vaccani Lima diante do delegado João Bosco de Barros, da Delegacia de Homicídios. 

Ele é acusado também de ser autor de um homicídio qualificado e ocultação de cadáver em Araruama, no Rio de Janeiro. Ele teria matado um delegado de polícia na época em que era agente civil.

No caso da amante, Paulo Roberto a assassinou porque teria descoberto, por meio de uma investigação particular, que ela havia saído um final de semana na companhia de um homem, com quem foi vista abraçada. Revoltado, ele convidou a amante para uma viagem, a qual fez com uma caminhonete emprestada de um amigo.

Chegando ao motel Requinte, em Juscimeira, os dois teriam discutido e Paulo Roberto a matou, cortando em seguida a cabeça e as falanges dos dedos.

Segundo denúncia feita na época pelo Ministério Público, Paulo Roberto agiu impulsionado por motivo torpe. O crime aconteceu mediante asfixia. Durante o inquérito policial, foi constatado que logo após a prática do crime, ele destruiu parcialmente o cadáver da amante, tentando, logo na sequência, ocultá-lo, jogando-o no rio São Lourenço. A cabeça teria sido lançada no rio das Mortes e até hoje não foi localizada pela polícia.

Tentativa de suicídio

Chamado a prestar depoimento dias após o assassinato, Paulo Roberto se viu desmascarado ao não conseguir apresentar um álibi para a noite do crime. Desesperado, pulou do terceiro andar do prédio da Delegacia Central.

Ele ficou gravemente ferido e foi levado para o Pronto Socorro de Cuiabá, onde ficou até ser transferido para um hospital particular.

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