THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O advogado de Fabiana Félix de Arruda, presa na terça-feira (2) durante a deflagração da Operação Apito Final, entrou na justiça pedindo a liberdade dela, alegando que Fabiana não obteve lucro com a quadrilha ligada ao Comando Vermelho. As investigações revelaram que Fabiana emprestava o nome para ocultar bens de integrantes da facção, que lavava dinheiro do tráfico de drogas com comércios e futebol amador em Cuiabá.
A defesa de Fabiana, que também é advogada, argumenta ainda que ela é mãe de uma criança de 4 anos que precisa de cuidados.
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No pedido, protocolado por Pitágoras Pinto de Arruda na quarta-feira (3), o advogado questiona a fundamentação da decisão que decretou a prisão de Fabiana. O jurista entende que a sua cliente foi presa somente por emprestar seu nome para Paulo Winter, o “W.T”, que na época era cliente dela para compra de automóveis.
Segundo a investigação, um dos profissionais cooptados pela facção seria Fabiana, identificada após a prisão de Paulo “Ita” quando conduzia o veículo Mitsubishi Pajero Sport, registrado no nome dela. "Durante as diligências, apurou-se que o mesmo veículo fora identificado na mesma propriedade em que Paulo 'Ita', estava escondido enquanto foragido da Justiça. No mesmo período FABIANA movimentou R$ 499.343,52 em créditos e R$ 501.577,66 em débito, além de ter servido de 'laranja' para a compra de outro veículo por Paulo 'Ita', um Toyota/Corolla", diz o relatório policial que embasou a operação.
Conforme o relatório, a atuação de Fabiana "ultrapassa a exigida pelos representantes do Ordem dos Advogados". "Há evidências fortes de que Fabiana utiliza a digna profissão de advogada para além de integrar a ORCRIM valer-se do seu registro profissional para ocultação de patrimônio ilícito em prol do crime", acrescenta.
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“Não existe mais um relato de que Fabiana tenha mantido relações com Paulo ou emprestado novamente seu nome para que ele pudesse adquirir bens”, diz trecho do pedido da defesa.
Lista das compras
Extratos da compra dos automóveis
O advogado questiona o fato de que Fabiana tenha lucrado com o crime. Pitagóras aponta que a decisão não cita em nenhum momento que ela possuía uma vida luxuosa, e, que estava lucrando com a prática dos crimes.
Operação Apito Final
Deflagrada na segunda-feira (02), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
Conforme as investigações, após deixar a prisão, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou R$ 65,9 milhões.
Deflagrada na segunda-feira (02), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
Conforme as investigações, após deixar a prisão, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou R$ 65,9 milhões.