RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A defesa do jovem Yann Gabriel Wakitchi Mito, 18 anos, negou que ele tenha dito, em áudio, que cometeria um massacre na Escola Estadual Honório Rodrigues Amorim, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Yann foi conduzido para delegacia pela Polícia Militar na última terça-feira (19), após a direção da unidade de ensino tomar conhecimento das supostas ameaças e denunciar. O celular dele foi apreendido para que seja realizada perícia no aparelho.
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O advogado Helio Bruno Caldeira argumenta que o jovem nega que que áudio tenha sido feito por ele.
“Houve uma vinculação de um áudio que não dá para saber se é a voz dele. Esse áudio viralilizou entre os amigos da escola e chegou até o conhecimento da direção”, conta.
Helio afirmou que Yann seria um menino calmo, que mora com a mãe e com o pai de maneira alternada, pois são divorciados. Yann nunca teria tido problemas escolares, como brigas e envolvimento com gangues. A defesa sustenta que ele também não possui antecedentes criminais e que não foi preso, mas sim conduzido para prestar esclarecimentos.
RepórterMT/PMMT
Yann foi levado para prestar depoimento na delegacia na terça-feira (19).
“Ele não foi detido, muito menos preso em flagrante. A Polícia Militar simplesmente falou com ele e com a mãe sobre a narrativa dos fatos pela direção da escola e eles decidiram prestar esclarecimentos na delegacia por um Termo de Declaração. Se ele fosse indiciado ou preso em flagrante seria um Termo de Interrogatório”, explica o advogado.
Nas declarações, Yann disse que não sabe porque a direção da escola e outros alunos acreditaram que foi ele o autor de ameaças.
Sobre as réplicas de armas, em que o jovem aparece segurando em fotos nas redes sociais, a defesa também afirmou que ele pratica o esporte paintball com aval da mãe, que também é frequentadora dos espaços da modalidade. As armas, no caso do esporte, são conhecidas como “marcador”.
A defesa também explicou que o jovem não tem nenhum vínculo com outros casos de ameaças de escolas em Mato Grosso, como o grupo intitulado “Massacre MT”
Outros casos
Também em Várzea Grande, uma jovem de 19 anos, Gabrielle Macedo Rodrigues, foi encaminhada para delegacia para prestar esclarecimentos após postar um ‘print’ de um grupo intitulado ‘Massacre MT’.
Em Cáceres, 14 estudantes foram encaminhados para delegacia para prestar esclarecimentos sobre um grupo, criando no aplicativo de mensagens Telegran, que planejava fazer um massacre em uma escola da região. Todos negaram que cometeriam o ataque e alegaram que o grupo era uma ‘brincadeira’.
Também houve um caso em Porto Esperidião e outro em Rondonópolis. Nesse último, um aluno foi preso com dezenas de munições. Ele afirmou que pegou o material na casa em que a mãe trabalha de faxineira e que não pretendia matar alguém da escola.
As ameças em MT passaram a surgir após o atentado na Escola Raul Brasil, no município de Suzano, em São Paulo, na quarta-feira (13).
Dois jovens invadiram a unidade. O massacre deixou 10 mortos, dentre eles, os dois assassinos, que se mataram.
A Secretaria Estadual de Educação e A Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate aos crimes de alta Tecnologia (Gecat), disse que todas as denúncias estão sendo acompanhadas de perto. O Gecat, por sua vez, afirmou que em todos os casos de MT, a ameaça de massacre não passou de ‘boato’.
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