APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O advogado Roberto Zampieri, executado com pelo menos nove tiros, na noite de terça-feira (5), foi um dos delatores do esquema de cobrança de propina no Detran-MT, descoberto na Operação Bereré, em 2018.
À época, Zampieri relatou à Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz- MT), que ganhou como pagamento de honorário alguns hectares de uma fazenda em Alta Floresta, a Fazenda Mogno.
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Entretanto, ele não ficou com a área e a colocou à venda. Os compradores da propriedade rural foram Irney Milani e o então deputado estadual Mauro Savi.
À Defaz, o advogado afirmou que Savi teria pago pela fazenda com cheques nominados por Claudemir Pereira dos Santos, que era sócio da suposta empresa fantasma “Santos Treinamento”, usada para lavar o dinheiro obtido no esquema no Detran.
Assassinato
Zampieri foi assassinado quando saía do escritório, no bairro Bosque da Saúde, na Capital. Segundo a polícia, ele tinha no bolso cerca de R$ 11 mil, mas o criminoso não levou nada. De acordo com o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), há a possibilidade de o crime ter sido encomendado.
“Não podemos descartar nada. Todas essas informações que estão chegando para a Polícia Civil estão sendo analisadas e, de acordo com o que formos chegando nos indivíduos, no executor, nós vamos tentando fazer essa conexão com a motivação. Então primeiro a gente está focado em descobrir o executor e posteriormente, se realmente for um crime de mando, vamos diligenciar no sentido de fazer essa conexão contra o executor e o mandante”, disse aos jornalistas na quarta-feira (06).