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Cuiabá, 28 de Novembro de 2024
28 de Novembro de 2024

28 de Julho de 2020, 10h:49 - A | A

POLÍCIA / TRAGÉDIA NO ALPHAVILLE

Irmãos da adolescente responsável pela morte de Isabele prestam depoimento

Polícia deve intimar a adolescente B.O.C. e o pai dela para novo depoimento após várias contradições surgirem

MARIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO



Três irmãos da adolescente B.O.C, de 14 anos, apontada como a responsável por disparar a arma que matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (28) na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Dois são trigêmeos de B e a mais velha tem 17 anos. Já foram ouvidos na delegacia dois adolescentes que moram no mesmo condomínio e a mãe de B. Os próximos a serem ouvidos devem ser B. e o pai dela, o empresário Marcelo Martins cestari, que foram ouvidos após o crime na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Como surgiram várias contradições com os depoimentos prestados depois, os dois terão que ser novamente interrogado.

Advogado que acompanha a família, Renan Serra, disse que os três adolescentes foram ouvidos por meio da técnica de depoimento especial, procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha perante autoridade policial, limitado o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de sua finalidade. O depoimento especial está previsto na Lei Federal 13.431/2017, que estabeleceu o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.

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Ele afirmou que neste processo nem mesmo o advogado de defesa da família pode acompanhar e ele não colocou nenhuma objeção. Os depoimentos duraram pouco tempo.

Na semana passada, a DEA ouviu dois adolescentes que moram no mesmo condomínio onde ocorreu a tragédia. Um deles estava dentro da residência no momento que Isabele morreu. Ao contrário do que afirmou o Marcelo Cestari, este adolescente afirmou que o empresário estava na sala da casa e ouviu quando o tiro foi disparado. Marcelo afirmou em depoimento na DHPP que estava do lado de fora, ouviu um barulho, mas não sabia que era tiro.

Outra dúvida na investigação surgiu após o depoimento do namorado de B.. O pai dele é dono da arma que disparou e matou Isabele. Mas o adolescente afirmou que quando deixou a arma na casa ele não estava carregada. Com isso, a versão de que a arma caiu da valise e disparou não é possível.

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