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Cuiabá, 23 de Dezembro de 2024
23 de Dezembro de 2024

04 de Novembro de 2024, 11h:21 - A | A

POLÍCIA / ESQUEMA DE PIRÂMIDE

Juiz mantém prisão de empresária que aplicou golpe de R$ 2,5 milhões em clientes

A mulher foi presa na última quinta-feira (31), durante a "Operação Cleópatra", deflagrada pela Polícia Civil em Sinop.

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O juiz Mirko Vicenzo Giannotte da Vara Criminal de Sinop, manteve a prisão da empresária Taíza Tossat em decisão proferida na quinta-feira (31). Ela foi presa na "Operação Cleópatra", onde é apontada como a líder de um esquema de pirâmide que causou prejuízo de R$ 2,5 milhões a dezenas de vítimas em diversas cidades de Mato Grosso.

Na decisão, o magistrado apontou que devido à gravidade dos crimes praticados por ela, a aplicação de medidas cautelares não é suficiente para o caso.

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Além disso, as condutas dela e dos outros acusados, e os itens apreendidos em sua casa, sugerem uma atividade criminosa estruturada, que pode apresentar risco para a ordem pública, já que os policiais apreenderam armas de fogo e munições sem registro.

"Diante do perigo gerado para o Estado liberdade imputado, converto a prisão em flagrante de Taíza Tosatt Eleoterio Ratola em prisão preventiva", diz trecho da decisão.

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão feito na última quinta-feira (31), na casa da empresária em um condomínio de luxo em Sinop, foram apreendidas diversas folhas de cheque com valor total de R$ 419 mil, veículos de luxo, uma moto BMW, joias e anabolizantes. Além da empresária, um médico e um ex-policial federal também foram alvos da operação.

De acordo com as investigações, Taiza seria líder do esquema. Ela é proprietária da empresa DT Investimentos e usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

A polícia diz que com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas.

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