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Cuiabá, 14 de Novembro de 2024
14 de Novembro de 2024

28 de Fevereiro de 2024, 10h:21 - A | A

POLÍCIA / MATOU CASAL A TIROS

Justiça acaba com mamata de prisão em casa e manda Carlinhos Bezerra de volta pra cadeia

Filho do ex-senador e ex-governador de MT, Carlos Bezerra, Carlinhos alegou diabetes grave para fugir da prisão comum

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 58 anos, nesta quarta-feira (28). O filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra responde pelo duplo homicídio de sua ex-companheira, Thays Machado e do atual namorado dela, Willian César Moreno.

O crime aconteceu em 18 de janeiro de 2023 e Carlinhos foi preso em flagrante. Após apresentar um laudo médico apontando ter diabetes e a necessidade de realizar tratamento em sua residência, a Justiça concedeu a prisão domiciliar. Entretanto, o Ministério Público Estadual (MPMT) desde então pedia a revogação da medida, com entendimento de que o laudo apresentado ser duvidoso. 

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Nesta quarta-feira, a juíza  Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa determinou que Carlinhos seja encaminhando à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, ou ao Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. Segundo a magistrada, o filho de Bezerra não conseguiu comprovar sua extrema debilidade, causada por problemas de saúde.

"O requerido não ostenta os requisitos para manutenção da prisão domiciliar, revelando-se urgente a necessidade da revogação do benefício e restabelecimento da prisão preventiva, em razão de não ter comprovado a extrema debilidade, resultante de doença grave da qual seja portador, bem como em razão do descumprimento das cautelares impostas", diz trecho da decisão.

A juíza destaca que os exames e laudos apresentados pela defesa de Carlinhos não mostram a evolução do quadro cliníco, assim como apontava o Ministério Público. 

"Compulsando os autos verifico que o réu, não logrou êxito em comprovar em juízo a EXTREMA DEBILIDADE de seu estado de saúde. Tanto é que os diversos documentos que supostamente se destinariam a comprovar a extrema debilidade do estado de saúde do réu em sua maioria se restringiram em afirmar/comprovar, que o requerido possui as comorbidades – Diabetes tipo II, Hipertensão Arterial e Depressão – as quais, grande parte da população, assim como o
requerido, possuem e convivem com elas, sem que estejam em condição de extrema debilidade", pontuou. 

Saídas sem autorização

Conforme a juíza, Carlinhos fez várias saídas sem autorização da Justiça, visto que a cautelar imposta detemina que ele  fique em sua residência 24h por dia.

"Diante disso, infere-se dos autos que além de não ter comprovado a condição de extrema debilidade apta a fundamentar e justificar a manutenção da prisão domiciliar, o requerido, em desobediência à decisão judicial, infringiu a ordem, deslocou-se pela capital, sem a devida autorização, demonstrando o seu nítido espírito transgressor e o escárnio do requerido para com as ordens do Poder Judiciário e da sociedade"

"Assim, fica demonstrada que a liberdade do denunciado continua a representar grande risco para a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, sendo certo que, neste caso, a manutenção de medidas diversas da prisão não se mostram suficientes para a garantia pretendida diante do renitente descumprimento pelo requerido das condições a ele impostas pelo regime de prisão domiciliar", concluiu. 

Outro lado

À reportagem, a defesa de Carlinhos, representada pelo advogado Francisco Faiad, afirmou que irá recorrer.

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