RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT
O juiz Alcindo Peres da Rosa manteve em Juscimeira (160 km de Cuiabá), no dia 25 deste mês, a prisão preventiva de Igor Henrique Bernardes Pires por conta do feminicídio da empresária Alice Ribeiro da Silva, em março deste ano. A vítima foi morta na frente de três filhos menores de idade. A partir daí, o magistrado decidirá se prossegue com o processo para remeter ou não o acusado a júri popular.
O magistrado ainda fixou o prazo de cinco dias para que seja entregue o exame de insanidade mental do homicida. A decisão de manter a prisão preventiva se deu em cumprimento à legislação penal que exige a renovação das fundamentações a cada 90 dias. O principal argumento para mantê-lo preso foi a garantia da ordem pública e necessidade de preservação da instrução criminal.
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O crime
A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência em um residencial na rua Porto Alegre, com informações de que Igor Pires havia agredido a ex-mulher com objeto cortante.
Ao chegar ao local, a equipe não constatou a presença dele, mas apenas de uma testemunha que estava com a vítima no momento do crime. A mulher já estava morta.
Conforme relatos das testemunhas, o assassino chegou em casa no horário de almoço, questionando a vítima por ter feito uma chamada de vídeo com sua mãe. Ela respondeu e disse que contou à sogra o motivo pelo qual mandou o assassino embora de casa.
Em seguida, uma das testemunhas ouviu os gritos da mulher. Em seguida, pegou a filha da vítima e fugiu temendo que o assassino também pudesse matar a criança.
O assassino foi localizado momentos depois e, ao prestar depoimento para a polícia, afirmou que mantinha uma filha com a mulher e a matou com um golpe de faca na barriga. Conforme o relato, o assassino disse ainda que a mulher queria se apossar do seu patrimônio.