JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
Laudo realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encontrou DNA do pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, nas partes íntimas da pequena Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, que foi morta junto com a mãe e as duas irmãs, durante chacina em Sorriso (420 km de Cuiabá), no dia 24 de novembro.
O resultado do exame desmente o depoimento do assassino, que ao confessar que matou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, 19 anos; e Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, a facadas, disse que havia tirado as roupas das vítimas e “apenas introduzido os dedos” nas partes íntimas das mulheres, enquanto elas agonizavam. No entanto, o laudo encontrou material genético - sêmen - do bandido na genitália da garota.
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Segundo a assessoria da Politec, o primeiro laudo de DNA foi concluído na sexta-feira (1º). Os exames nas outras vítimas devem ser concluídos nos próximos dias e, assim, confirmar se Cleci, Miliane e Melissa foram ou não estupradas pelo assassino.
Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, é a única que não teria sido estuprada, segundo informações preliminares da investigação. Ela foi morta por asfixia.
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De acordo com o delegado Bruno França, as investigações da Polícia Civil mostram que Gilberto teria como alvo Cleci, já que as filhas ficaram em casa sozinhas por três dias, pois a mãe estava viajando, assim como o pai das meninas. As menores estavam sob cuidados da irmã mais velha, Miliani, de 19 anos.
“Ele espreitava a casa, sabia que as meninas estavam sozinhas há alguns dias e não fez nada. Ele esperou a mãe chegar de viagem para cometer o crime. Ele não confessou isso, mas é o que nós da polícia acreditamos”, disse o delegado ao RepórterMT.
Outro fator que reforça a tese da Polícia Civil é que Cleci tinha a mesma faixa etária de uma mulher que Gilberto também estuprou e tentou matar em setembro, na cidade de Lucas do Rio Verde.
“Foi o mesmo modus operandi, só que nesse caso a vítima conseguiu sobreviver. Mas ele agiu da mesma forma”, destacou o delegado.
Gilberto trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas e dormia no local. A Polícia Civil apontou que ele entrou na residência das vítimas pela janela e ficou no local do dia 24 até a madrugada do dia 25 de novembro.