DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgato, o lobista Rowles Magalhães, a doleira e ex-Lava Jato Nelma Kodama, e mais 13 pessoas por tráfico internacional de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas ao exterior. Todos foram presos no âmbito da Operação Descobrimento, deflagrada em abril, pela Polícia Federal.
A denúncia foi assinada na quarta-feira (11 de maio), pelos procuradores da República: Auristela Oliveira Reis, Roberto D'Oliveira Vieira, Robert Rigobert Lucht e Carlos Vítor de Oliveira Pires.
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Além do ex-secretário, do lobista e da doleira, foram denunciados: Ricardo Agostinho, Claudio Rocha Junior, Marcelo Mendonca de Lemos, Marcos Paulo Lopes Barbosa e Fernando de Souza Honorato, que vão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e organização criminosa.
Já Marcelo Lucena da Silva foi denunciado pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Edson Carvalho Sales dos Santos, por tráfico internacional de drogas e evasão de divisas.
Dilson Borges dos Santos, Richard Rodrigues Consentino, Cicero Guilherme Conceição Desiderio, Mansur Mohamed Ben-Barka Heredia e Lincoln Felix dos Santos foram denunciados por tráfico internacional de drogas.
Joelma de Moraes Gomes Girotto por lavagem de dinheiro.
De acordo com o documento, que contém 172 páginas, onde foi detalhado todo o esquema criminoso, o órgão ainda pediu bloqueio de bens e valores da suposta quadrilha e a condenação por danos morais, no montante de R$ 139,5 milhões.
Caso sejam condenados, os réus poderão pegar mais de 60 anos de prisão.
Operação Descobrimento
A ação da PF foi deflagrada no dia 19 de abril e deu cumprimento a 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.
Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.
As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador/BA e pela Justiça portuguesa.
As investigações tiveram início em fevereiro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu mais de 500 kg de cocaína na aeronave de uma empresa privada de aviação em que Rowles Magalhães é sócio. O avião estava no Aeroporto Internacional de Salvador (BA) e tinha como destino a Europa.
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