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Cuiabá, 28 de Novembro de 2024
28 de Novembro de 2024

04 de Maio de 2022, 09h:43 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO DESCOBRIMENTO

Quadrilha liderada por Borgato e lobista enviou 6 cargas de cocaína à Europa

Nilton Borgato foi preso no dia 19 de abril, por envolvimento no tráfico internacional de drogas.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



A Polícia Federal revelou que a organização criminosa supostamente liderada pelo ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, Nilton Borgato, e pelo ex-lobista Rowles Magalhães, enviaram pelo menos seis carregamentos de cocaína do Brasil para Portugal.

Borgato, Rowles e a doleira condenada na Operação Lava Jato, Nelma Kodama, também acusada de estar envolvida no esquema, foram presos no dia 19 de abril, durante a Operação Descobrimento, da Polícia Federal.

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Conforme a PF, os dois atuavam juntos como responsáveis no transporte da droga à Europa, utilizando jatos de luxo. As investigações apontaram que ao menos seis remessas da cocaína foram enviadas para Portugal, no período entre 2020 e 2021.

Rowles Magalhães ficou conhecido por ser o lobista que intermediou a aquisição do VLT em Cuiabá e depois denunciou o esquema de propina na contratação.

Já Nilton comandou a Seciteci entre 2019 e março deste ano. Deixou a pasta para ser candidato a deputado federal nas eleições de outubro. Ele já foi prefeito de Glória D'Oeste, cidade comandada hoje por sua esposa, Gheysa Borgato.

O ex-secretário encontra-se em uma cela especial na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Esta semana, ele foi interrogado pelo delegado Adair Gregório, da Bahia, responsável pelas investigações. Entretanto, a informação é que ele não respondeu nenhum dos questionamentos feitos pela autoridade policial.

Jato apreendido na Bahia

As investigações tiveram início em fevereiro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu mais de 500 kg de cocaína na aeronave de uma empresa privada de aviação em que Rowles Magalhães é sócio. O avião estava no Aeroporto Internacional de Salvador (BA) e tinha como destino a Europa.

Nas imagens divulgadas pela PF na época é possível ver vários tabletes de drogas espalhados pelo assoalho da aeronave. Mecânicos que faziam inspeção no avião encontraram parte da droga escondida e acionaram a Polícia Federal. Com auxílio de peritos e cães farejadores, os policiais acharam outros esconderijos da droga.

Descobrimento

A operação cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.

Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador/BA e pela Justiça portuguesa.

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