JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Mesmo evitando dizer que exista um grupo de extermínio que tem como alvos bandidos e que estaria agindo na Grande Cuiabá há três anos, o delegado geral da Polícia Civil, Adriano Peralta, destacou que já começou os trabalhos investigativos de uma força-tarefa que vai tentar elucidar 62 homicídios ocorridos nas duas cidades entre 2015 e 2013.
A maioria das execuções que serão investigadas aconteceram com o mesmo modo operante, quando bandidos encapuzados, em carros preto, se aproximam e matam o alvo, que sempre têm passagens policiais, com tiros de armas de grosso calibre.
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Entre os crimes investigados está a ‘Chacina do São Mateus’, ocorrida no dia 22 de fevereiro de 2014, quando cinco pessoas morreram com tiros de calibre 12, em um bar no bairro São Mateus, em Várzea Grande. A carnificina foi cometida, segundo testemunhas, por vários homens encapuzados, calçando coturnos e dirigindo carros pretos. (LEIA MAIS AQUI).
Sobre a força tarefa, Peralta afirmou que não pode divulgar os nomes dos delegados que irá compor o grupo. “Não podemos dizer os nomes deles porque as investigações serão mantidas em sigilo. Além disso, temos que proteger a integridade de todos”, lembrou.
GRUPO AGINDO
Somente neste ano, o suposto grupo já teria matado ao menos 10 pessoas na Grande Cuiabá. Em agosto, testemunhas apontaram que homens encapuzados, dentro de carros pretos, executaram três ex-detentos na região do bairro da Manga, em VG. (LEIA MAIS AQUI).
PISTOLAGEM EM 2014
Em 2014 o suposto grupo de extermínio teria matado 12 pessoas em datas diferentes, mas em solo várzea-grandense. Curiosamente, as mortes aconteceram horas após os assassinatos de dois policiais militares, o cabo, Marco Antônio, morto durante uma tentativa de assalto a uma loja de revendas de carros, no bairro da Manga, no dia 3 de dezembro de 2014. (LEIA MAIS AQUI).
Em um período de 48 horas, após a morte do cabo, criminosos encapuzados, mataram seis pessoas na região do bairro da Manga. Em todos os crimes, testemunhas disseram que os bandidos estavam em um carro preto e sequer saiam do carro, apenas se aproximavam dos alvos e o matava.
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Cabo foi morto com um tiro no peito.
Já o major Claudemir Gasparetto, foi executado com três tiros na frente da própria casa, no bairro Planalto Ipiranga, no dia 18 de fevereiro, do mesmo ano. (LEIA MAIS AQUI).
Ele estava saindo de sua casa em um Voyage, quando foi surpreendido por bandidos em um carro vermelho. Os bandidos atiraram várias vezes na vítima e fugira. O carro usado pelos criminosos era roubado e foi localziado em uma estrada vicinal em um bairro periférico de VG.
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Major foi morto com vários tiros ao ser surpreendido na frente da casa dele.
CHACINA DO SÃO MATEUS
Horas após a morte do major, policiais encontraram o corpo de um criminoso identificado apenas como Douglas, também no bairro da Manga. Quatro dias depois, aconteceu a chacina do São Mateus.
O as cinco mortes aconteceram por volta das 22h, quando bandidos saíram de dois carros pretos e invadiram o estabelecimento, fortemente armados.
Os criminosos mandaram que todos ficassem com o rosto colado na parede. Em seguida, executaram Anderson Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso e Sebastião Carlos. A PM chegou a divulgar que três deles tinham passagens policiais.
Já Márcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa, foram baleados, mas conseguiram sobreviver após ficarem internados no Pronto-Socorro por vários meses.
À época, então delegado chefe da DHPP, Silas Tadeu, não descartou que os crimes foram cometidos por policiais que queriam vingar a morte de Gasparetto.
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Bar onde aconteceu a chacina.