LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO
Com aumento do índice de criminalidade na região metropolitana nos primeiros seis meses de 2016, principalmente roubo e latrocínio, o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas afirmou que uma nova estratégia está sendo instalada para evitar novos roubos em Cuiabá e Várzea Grande. Em entrevista ao , ele conta que se trata de um novo modal de segurança, que tem sido testado em algumas ações na capital e que vem apresentando resultados que apontam grande redução de crimes como roubo.
"O novo método já foi testado em alguns bairros e nós conseguimos reduzir em 50% o número de roubos a residência", frisou Jarbas.
“Estamos criando um modal pra atacar a questão dos roubos. Essa estratégia atacará os delitos de roubo. O novo método já foi testado em alguns bairros e nós conseguimos reduzir em 50% o número de roubos a residência. Ele ainda está em fase de estudo e por isso não está sendo aplicado. Com a instalação desse novo modal, tenho certeza que vamos ter resultado mais expressivos”, enfatizou.
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NÚMEROS ALARMANTES
Um balanço feito pelo apontou que o número de latrocínios somados no 1º semestre de 2016 teve um aumento de 27,27%, em relação ao mesmo período do ano passado, somente em Cuiabá.
Em relação aos crimes de roubo à mão armada, só nos primeiros seis primeiros meses de 2016, atingiu o percentual de 23,5% a mais em relação ao que foi registrado no mesmo período de 2015, também na capital. Os roubos identificados pela Policia Civil, até a metade de 2016, chegaram a 4884.
"Nós evoluímos não só na integração das forças, como também nos modais de segurança que têm nos proporcionado resultados extremamente positivos. Agora, nós temos alguns itens que precisam ser melhorados em comparação aos anos anteriores",avalia o secretário.
AVALIAÇÃO
Contudo, Jarbas faz um balanço positivo nos três meses que está à frente da Secretária de Estado de Segurança Pública (Sesp). “Eu entendo que é um balanço positivo. De abril até o mês de junho, nós evoluímos em questão de segurança pública. Nós evoluímos não só na integração das forças, como também nos modais de segurança que têm nos proporcionado resultados extremamente positivos. Agora, nós temos alguns itens que precisam ser melhorados em comparação aos anos anteriores. Nós teremos um acréscimo de profissionais e acredito que os números irão melhorar cada vez mais. Um exemplo que posso citar é a operação “Bairro Seguro” que foi extremamente eficiente. De abril para maio nós tivemos uma redução de 80% no número de homicídios em Várzea Grande. Em maio nós tivemos quatro homicídios é o melhor índice desde 2006”, aponta o secretário.
REFORÇO
Jarbas afirma que os números de criminalidade em Mato Grosso devem ser menores até o final do ano, devido ao acréscimo de profissionais de segurança. “Eu tenho plena convicção que daqui até o final do ano nós teremos índices muito melhores. Haverá uma redução ainda em maior dos crimes em relação a 2015. Serão 453 novos investigadores nas unidades policiais em todo o Estado. A partir de setembro nós teremos mais 1.340 policiais militares. Enfim, com todo o aporte de investimentos do governo do Estado em relação à segurança pública, mais a otimização dos meios que nós já estamos aplicando com esses novos modais, em tenho plena convicção que os resultados até o final do ano vão ser extremamente positivos”, explica.
ATAQUES
O secretário apontou que alguns fatos extras pesaram no trabalho de segurança enquanto esteve à frente da pasta nos últimos três meses. A greve dos servidores que reivindicavam o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11.28% foi uma delas. Durante a greve dos servidores, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen) decretou a suspensão das visitas. Diante disso, os presidiários da Penitenciária Central do Estado (PCE), ordenaram ataques de dentro do presídio. Na ocasião, ônibus foram queimados e agentes penitenciários foram vítimas de tentativas de homicídios.
“Nós passamos por um período de intensa crise dentro da Secretaria, porque nós passamos por um período de greve geral do Estado. Devido a greve dos servidores, organizações criminosas realizaram ataques que prontamente foi dada uma resposta, devido à atuação conjunta entre as forças de segurança. Em apenas 48 horas já estava totalmente resolvida a questão”.
“Eu posso garantir, esses criminosos estão totalmente neutralizados, estão separados dos outros detentos e não tem qualquer condição hoje de estruturar qualquer liderança dentro sistema prisional"
SOB CONTROLE
O secretário Rogers Elisandro Jarbas, disse que os mandantes dos ataques criminosos, ordenados de dentro da Penitenciária Central pelo bando "Salve Geral", que aterrorizaram a população no começo de junho, estão totalmente neutralizados. Eles estão presos na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, omde ele afirma que os mesmos não têm a menor condição de estruturar qualquer tipo de liderança criminosa dentro do estado.
Logo após os ataques ocorridos na região metropolitana no começo do mês junho, o secretário de Segurança Pública, afirmou que os detentos que orquestraram os ataques seriam transferidos para uma penitenciária federal. No entanto, os presidiários não foram transferidos devido a pendência do Sistema Penitenciário Federal.
“Os presidiários estão em processo de transferência. Essa transferência demanda um processo não só aqui na Vara de Execuções penais, mas também do Sistema penitenciário Nacional e das unidades federais que irão recepcionar esses detentos. A Vara de Execuções Penais daqui de Cuiabá já autorizou essa transferência. Agora o sistema penitenciário nacional faz um levantamento do perfil de cada detento para designar onde esses presos vão ficar. Nós estamos aguardando o fim dessa análise para sabermos para onde vão esses criminosos”, explicou.
“Eu posso garantir, esses criminosos estão totalmente neutralizados, estão separados dos outros detentos e não tem qualquer condição hoje de estruturar qualquer liderança dentro sistema prisional. Eu garanto isso porque a Sesp e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) estão acompanhando o caso de perto. Eles são um grande risco para o sistema penitenciário e pra população de bem”, garantiu o secretário.