Antonielle Costa
A empresária Marilena Ribeiro, proprietária do Auto Posto Millenium, localizado na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, entrou com uma Ação de Execução contra o empresário e candidato ao governo Mauro Mendes (PSB). Ela quer que seja seja efetuado o pagamento de um cheque de R$ 1,1 milhão, emitido e sustado por Mendes.
A transação referente ao cheque não foi esclarecida pelo candidato mas, nos bastidores, o comentário é que se trata de gastos referentes à campanha de 2008, quando Mendes disputou a prefeitura de Cuiabá.
O cheque milionário só foi no último 16 e está nominal ao Auto Posto Millenium. O cheque, de número 650140, do Banco do Brasil, foi depositado pela empresária no último dia 17, na agência do Banco Bradesco S/A e devolvido.
"Cobrança "líquida e exigível
A cópia do cheque, bem como os registros de devolução, foram autenticados pela empresária, que disse ter se sentido lesada, no Cartório Notarial e Registral Xavier de Matos, no último dia 23.
De acordo com o advogado da empresária, João Luiz Brandolini, a ação foi protocolada junto ao Fórum Cível de Cuiabá, na última sexta-feira (24). Segundo ele, por várias vezes sua cliente tentou acordo com o candidato para que fosse efetuado pagamento, mas não obteve êxito.
"A ação de cobrança é certa, líquida e exigível", afirmou Brandolini. Ele disse que não iria falar sobre a origem da dívida. "Quem tem que esclarecer o fato é a defesa do senhor Mauro Mendes", afirmou.
Medida cautelar
Em entrevista coletiva, ontem, Mauro Mendes disse que o cheque foi " emprestado a um amigo" em 2008 como garantia em uma transação comercial. O assessor jurídico do candidato, advogado Paulo Taques, afirmou que vai entrar com uma medida cautelar de antecipação de exibição de provas contra a empresária.
Taques afirmou que irá requerer na Justiça as notas fiscais referentes ao supostos serviço prestados pelo Posto Millenium. "O candidato Mauro Mendes nunca conversou com esta empresária e está abrindo mão de seu sigilo telefônico para provar isso.
Mendes disse que está há dois anos esperando que o "amigo" devolva o cheque. "Eu tinha confiança e emprestei o cheque a pessoas que são públicas e eram minhas amigas, mas agora não são mais mais", disse o candidato.