DA REDAÇÃO
Os cinco candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso (OAB-MT) - compareceram e se enfrentaram no debate transmitido ao vivo, pela TV Pantanal, na noite desta terça-feira (17), para maior parte do estado. Eles disputam a gestão da Ordem para o biênio 2016/2018.
Apesar de algumas “farpas” trocadas, o debate girou em torno das propostas principalmente na defesa das prerrogativas da advocacia e da assistência aos advogados que estão entrando no mercado de trabalho.
O debate iniciou com a apresentação dos candidatos - Fábio Capilé, José Moreno, Leonardo Campos e Pio da Silva – e da única candidata mulher, Claudia Aquino.
No primeiro bloco, jornalistas fizeram perguntas aos candidatos sobre punição a advogados de conduta ética duvidosa, transparência na prestação de contas das mensalidades pagas pelos associados e posicionamento frente ao combate à corrupção.
O jornalista Paulo Coelho, do 
, questionou sobre os recursos volumosos gastos nas campanhas dos candidatos e os contribuintes. O candidato José Moreno respondeu que teve um problema técnico no site oficial da chapa “Atitude na Ordem” e por isso não declarou quanto vai gastar e quem são os seus apoiadores, mas revelou que vai gastar nesta campanha R$ 150 mil. Ele assegurou que seus apoiadores “não são lobistas e nem tão pouco políticos e nem empresas envolvidas em corrupção”. Segundo ele, está usando recursos próprios e de colegas de profissão que apoiam sua candidatura porque entendem que sua proposta é a melhor.
Moreno revelou que vai gastar nesta campanha R$ 150 mil. Ele assegurou que seus apoiadores “não são lobistas e nem tão pouco políticos e nem empresas envolvidas em corrupção”.
A jornalista Silvia Devaux, do Blog do Antero, reforçou o mesmo questionamento e o candidato Fábio Capilé, da chapa “Somos todos OAB”, disse que está fazendo uma “campanha franciscana”, com recursos próprios, viajando de carro pelo interior, “de escritório em escritório, conversando de advogado a advogado”.
No segundo e terceiro blocos os candidatos se enfrentaram, mediados pela jornalista da TV Pantanal, Camila Piacente, que contabilizou o tempo, de acordo com as regras pré-definidas com as assessorias de comunicação dos candidatos.
O senhor entende que isso é ético?” – questionou, Moreno. Campos negou que tenha responsabilidade sobre o que ocorreu e pediu elevação do nível do debate.
Leonardo Campos acusou Cláudia Aquino de representar o continuísmo por ela ser vice-presidente da atual gestão, de Maurício Aude. Cláudia disse que 80% da chapa “Nossa Ordem em Progresso” é de novas lideranças e 20% de experientes advogados.
As chapas de Leonardo e Moreno se colocam como oposição.
O candidato Fábio Capilé focou no apoio aos jovens advogados, propondo a construção de consultórios móveis, banco de emprego e formação continuada, com palestras de qualificação e atualização. Ele se afirma como líder de chapa independente.
Cláudia prometeu que fará uma clínica de saúde na subseção de Rondonópolis, como proposta de assistência à classe. Ela defendeu que os direitos dos que exercem a advocacia na capital sejam os mesmos do interior.
O candidato Pio da Silva, da chapa “OAB em Transformação – Oposição de Verdade!”, defendeu que somente a candidatura dele vem trazer a real independência e desvinculação político-partidária. Ele criticou o apoio dado pela deputada estadual Janaína Riva (PSD), que declarou apoio a Campos, e a primeira-dama Samira Martins, esposa do governador Pedro Taques (PSDB), que também declarou apoio a Cláudia Aquino e criticou também as posturas de oposição e indepêndência por parte dos candidatos Moreno e Capilé embora eles tenham participados da atual gestão. "Eu chamo isso de oportunismo", atacou Pio.
Pio da Silva criticou também as posturas de oposição e indepêndência por parte dos candidatos Moreno e Capilé embora eles tenham participados da atual gestão. "Eu chamo isso de oportunismo".
No momento mais tenso do debate, o candidato Moreno perguntou a Campos, se considera ético controlar o domínio do site do concorrente, no caso o próprio Moreno, para minar a divulgação sobre a campanha dele. “O senhor entende que isso é ético?” – questionou, Moreno. Campos negou que tenha responsabilidade sobre o que ocorreu e pediu elevação do nível do debate. “Obviamente que não entendo que é ético, quando tomei conhecimento, da situação autorizei de imediato a liberação do site. Não fui eu que registrou o domínio, mas o senhor Frederico Parma, então o senhor deve tratar suas desavenças com ele. Queremos discutir projetos e propostas”.
Outros assuntos tratados pelos candidatos foram os serviços prestados pela Caixa de Assistência ao Advogado (CAA), políticas para mulheres e idosos, acesso à internet no interior o que interfere no exercício da advocacia, além de outros temas.
A eleição da Ordem será realizada no dia 27 de novembro. O voto é obrigatório e votam os advogados em dia com as regras da entidade.
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