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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

09 de Setembro de 2016, 12h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / PLANO PARA MATAR JUÍZA

Irmão e pai de João Emanuel processam dono do Grupo Soy por calúnia

O requerimento foi feito à Justiça após o Repórter MT divulgar o depoimento em que Walter Dias afirma que o ex-vereador teria mandado um "salve" para o Comando Vermelho matar a juíza Selma Arruda.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



O advogado e pai do ex-vereador João Emanuel, Irênio Lima, entrou com uma representação, na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, contra o presidente do Grupo Soy e indiciado por estelionato, Walter Dias Magalhães Júnior, por calúnia e difamação, após o divulgar o depoimento em que Walter diz que João Emanuel tinha ordenado a morte da juíza Selma Rosane Santos Arruda a integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, porque a magistrada estaria "atrapalhandio seus negócios", em fraudes milionárias. O requerimento foi feito na tarde dessa quinta-feira (08).

“Nós como advogados jamais faríamos isso! Teria que ser muito burro para fazer uma coisa dessa", alegou o irmão de João Emanuel sobre o suposto plano de assassinato da juíza.

Comparsa de João Emanuel revela plano para matar juíza Selma

De acordo com o irmão de João Emanuel, o advogado Lázaro Moreira Lima, que também é acusado de participar do esquema de estelionato formado por membros do Grupo Soy, Walter teria mentido às autoridades policiais apenas para conseguir amenizar a situação de sua esposa, Shirlei Aparecida Matsuoka, que também foi presa na operação Castelo de Areia, deflagrada no dia 26 de agosto, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil.

“Nós como advogados jamais faríamos isso! Teria que ser muito burro para fazer uma coisa dessa porque quando um juiz morre, o que acontece? Vem outro juiz no lugar e assume o processo”, disse Lázaro Moreira ao .

O advogado afirma que tem documentos que comprovariam, que ao invés de réus, na imputação de organização criminosa com fins de aplicar golpes, ele e seu irmão seriam vítimas do presidente do Grupo Soy, Walter Dias

Também na tarde dessa quinta-feira (08), o irmão de João Emanuel protocolou, na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, uma série de documentosque segundo ele, comprovariam que, ao invés de réus na imputação de organização criminosa com fins de aplicar golpes, ele e seu irmão seriam vítimas do presidente do Grupo Soy, Walter Dias Magalhães Júnior. A juntada de materiais também ocorreu após o divulgar o depoimento de Walter, que acusou João Emanuel de ter um plano para matar a juíza Selma Rosane Santos Arruda.

Juíza Selma diz que situação é comum e afirma não ter medo

Lázaro apresentou à magistrada o contrato que mostra que ele, seu irmão e seu pai, Irênio Lima, foram contratados por Walter Dias para prestar serviços advocatícios, em maio de 2015 e que, em dezembro daquele mesmo ano, paralisaram as atividades devido ao não recebimento de seus honorários. Os serviços foram formal e definitivamente encerrados em março de 2016, por conta de questões burocráticas para fazer o desligamento na Junta Comercal.

Ao o irmão de João Emanuel afirma que, além de não pagar os honorários advocatícios, Walter ainda teria lhes causado prejuízos com as diversas alternativas de pagamento sugeridas após a paralisação das atividades, em dezembro de 2015. Uma delas foi colocar o pai de Lázaro e João Emanuel, o ex-juiz e advogado Irênio Lima como dono de 12% do capital do Grupo Soy, porém, sem qualquer poder administrativo. “Porém, da mesma forma o Sr. Walter não pagou qualquer valor”, afirma Lázaro.

“Nós somos vítimas desse falsário chamado Walter. Ele mente, fez com que a gente emprestasse dinheiro para ele”, disse o advogado.

“Nós somos vítimas desse falsário chamado Walter. Ele mente, fez com que a gente emprestasse dinheiro para ele”, disse ao .

O GOLPE

Com relação ao golpe de R$ 50 milhões que teria levado à deflagração da operação Castelo de Areia, Lázaro questiona tanto a versão de Walter, que disse ter repassado R$ 3 milhões aos irmãos, quanto a atuação da Polícia Civil, que não teria averiguado se as informações prestadas eram verídicas e não solicitar comprovante de depósito, transferência ou extratos bancários que corroborassem a afirmação.

O irmão de João Emanuel diz que se eles realmente tivessem recebido o valor, jamais estariam tão endividados, devendo até mesmo despesas básicas, como telefone e condomínio.  Destacou ainda que nenhum bem de alto valor foi apreendido pela Polícia, que pudesse comprovar a quantidade de dinheiro que eles teriam ganhado com a aplicação de golpes.

 

VITIMIZADOS

Lázaro relata, que entre as tentativas de negociação dos pagamentos, eles teriam aceitado financiar um carro no valor de R$ 100 mil para que Walter pagasse as parcelas, mas o compromisso não teria sido cumprido e as dívidas teriam ficado em nome de Irênio.

Outra medida teria sido exigir que Waltaer assinasse um documento de confissão de dívida na ordem de R$ 358.570,88, que era a soma dos honorários e mais os prejuízos causados. O documento também foi encaminhado para análise da juíza Selma Arruda.

Lázaro conta ainda que, no período em que prestava serviços ao Grupo Soy, Walter lhes mostrou um “Contrato Atípico de Financiamento Internacional”, fazendo login supostamente no site de um banco alemão, o Deutsche Bank, e mostrando que era representante de um fundo internacional chamado “Picted Fund”, onde apareciam somas bilionárias, na ordem de 25 bilhões de euros, fazendo os irmãos aceitarem formalizar contratos com os documentos que eram passados pela equipe da empresa de Walter.

 

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