DA REDAÇÃO
O coordenador do Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado), promotor Marco Aurélio Castro, se pronunciou, nesta quarta-feira (23), sobre a “Operação Metástase” que prendeu 21 servidores da Assembleia Legislativa do Estado e um empresário. Eles são acusados de montar uma organização criminosa com intuito de desviar R$ 2 milhões por meio de verba de suplementos entre 2011 e 2014.
O promotor foi enfático ao afirma que "os presos utilizavam-se desses valores que eram depositados diretamente em contas correntes para movimentar um sistema de corrupção dentro da AL".
O promotor foi enfático ao afirma que "os presos utilizavam-se desses valores que eram depositados diretamente em contas correntes para movimentar um sistema de corrupção dentro da AL".
Para entender melhor, verba de suplementos – cada deputado tem direito a até R$ 4 mil – são usadas para pequenos reparos dentro do gabinete, como por exemplo, trocar uma lâmpada queimada ou comprar o café, açúcar, materiais impressos, entre outros.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), era com esses argumentos que os acusados aproveitavam para realizar compras falsas e desviar o dinheiro do erário. "Eram feitas as compras com forma de justificar a utilização do dinheiro. Queremos levantar quem são os líderes e para onde o dinheiro foi desviado", frisou Marco Aurélio.
As investigações devem continuar e por isso o Gaeco não descarta a prisão de ex-deputados estaduais. “Não estamos querendo prender ‘A’ ou ‘B’ mas dar um fim na corrupção”, avisa.
"Eram feitas as compras com forma de justificar a utilização do dinheiro. Queremos levantar quem são os líderes e para onde o dinheiro foi desviado", frisou Marco Aurélio.
As investigações começaram com o desenrolar da Operação Ararath. Por isso o nome metástase, se referindo ao "câncer da corrupção", que se espalhou a partir dos tubarões investigados da Ararath para os "lambaris" que os cercavam. As prisões foram pedidas pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal da Capital.
Servidores de gabinetes e da Mesa Diretora das legislaturas comandadas por José Riva, Sérgio Ricardo e Mauro Savi, são suspeitos de usarem "notas fiscais de empresas de fachada" para justificar os gastos da verba de suprimentos.
MENTIRAM PARA JUSTIÇA
Os investigados mentiram para a Justiça alegando legalidade nas compras e até apresentaram notas falsas, que foram descobertas como 'frias'.
Os investigados mentiram em depoimento ao MPE com o objetivo de tirar o foco da operação. Ao promotor Roberto Turim – que iniciou as investigações - eles confirmaram a legalidade das compras na compra e no recebimento dos produtos, além de entregar notas falsas à Justiça.
O que eles não esperavam, era que a promotoria mandasse analisar as notas e descobrisse que eram todas ‘frias’.
A prisão de todos os detidos é temporária por cinco dias, podendo ser renovada por até 30 dias.
VEJA QUE SÃO OS PRESOS NA GALERIA DE IMAGENS.
Luis 23/09/2015
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