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Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025
05 de Fevereiro de 2025

18 de Setembro de 2015, 10h:25 - A | A

JUDICIÁRIO / "OAB DISPARA CONTRA VAZAMENTOS"

Nota repudia divulgação de conversas entre Silval e advogado; Ordem alega direito ao sigilo

Em nota, a Ordem se refere aos últimos casos em que vazamentos para imprensa, deixaram evidentes as artimanhas em favor de clientes envolvidos em crimes de corrupção.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional de Mato Grosso emitiu nota de repúdio à captação e utilização que considera indevida de diálogos entre advogados e clientes, que estão vazando para a imprensa, nas últimas operações policiais, principalmente envolvendo corrupção e uso de dinheiro público.

O presidente da OAB-MT, Maurício Aude, afirmou ao que a nota não se prende somente a este caso, mas sim se refere a todos os últimos que expuseram a relação advogado-cliente, contrariando a legislação que protege o sigilo

O último caso que repercutiu nacionalmente foi o vazamento de uma conversa entre o ex-governador Silval Barbosa e um dos advogados dele, captada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é a polícia do Ministério Público Estadual (MPE), pedindo para ele agir junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), em favor da mulher dele, Roseli Barbosa, que estava presa. O advogado acenou positivamente que sim, que agiria e, na sequência, em outra captação telefônica, também captada pelo Gaeco, o ex-governador recebe uma ligação do desembargador Marcos Machado, se dispondo a ajudar, o que, na avaliação do MPE, configurou tráfico de influência.

Machado faltou à última sessão do Pleno, nesta quinta-feira (17), alegando abalo emocional e informou a ausência por ofício ao presidente do TJ-MT, Paulo da Cunha. No ofício, ele informou também que constituiu advogado para ter acesso aos autos investigatórios e reivindicou abertura de sindicância, para a devida apuração dos fatos. O presidente do TJ-MT não se pronunciou sobre o fato.

OAB “repudia o vazamento de informações processuais sigilosas aos órgãos da imprensa, quando muitas vezes o próprio advogado regularmente habilitado nos autos possui dificuldade em obtê-las"

O presidente da OAB-MT, Maurício Aude, afirmou ao que a nota não se prende somente a este caso, mas sim se refere a todos os últimos que expuseram a relação advogado-cliente, contrariando a legislação que protege o sigilo e a inviolabilidade conferidos ao escritório e a todos os instrumentos que possam ser utilizados pela defesa, tais como correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática.

A legislação que garante essas prerrogativas aos advogados e seus clientes são a lei 8.906 de 1994, em seu artigo sétimo, e a Constituição Federal, no artigo 133.

Trecho da nota diz que a OAB “repudia o vazamento de informações processuais sigilosas aos órgãos da imprensa, quando muitas vezes o próprio advogado regularmente habilitado nos autos possui dificuldade em obtê-las, tudo isso em manifesta espetacularização do processo”.

Confira a nota na íntegra.

 

Reprodução

Nota OAB

Nota da OAB

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GILBERTO 18/09/2015

quer dizer que, roubar um estado inteiro.....PODE......divulgar querou bou.....NÃO PODE. me poupem

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Jose Olavo 18/09/2015

Essa OAB o que pensa que é partido politico instituição publica, quer meter o bedelho em tudo que é assunto, vide seu atual presidente sempre rodeados de politicos, ja passou da hora da justiça dar um chega pra lá nesse povo, esse é o mal de todo advogado sempre se achando superior aos demais brasileiros.

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thiago andre 18/09/2015

concordo com a OAB, mas o que vi o advogado não estava em seu exercício de função. no que entendi ele iria no tribunal para dar aquele jeitinho brasileiro nas coisas. juntamente com o desembargador. e o que entendo e penso, então configura o trafico de influencia, logico que futuramente um beneficio aos dois.

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3 comentários