RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias (PMDB), que teve o gabinete invadido por agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na tarde desta quinta-feira (3) por suspeitas de contratar servidores ‘fantasmas’, caracterizou a ação do Ministério Público do Estado (MPE) como ‘pirotecnia’ e ‘estardalhaço’ que tem como objetivo atrair os holofotes.
O chefe do Executivo municipal acusa de “perseguição”, o promotor de Justiça de Barra, Marcos Brant.
Por meio de nota, Roberto Farias afirma que a “administração municipal sempre esteve à disposição do Ministério Público ou qualquer órgão fiscalizador, inclusive, com a publicação dos nomes de todos os funcionários com seus respectivos salários no portal da transparência e qualquer cidadão pode ter acesso a essas informações”.
O peemedebista também considerou como desnecessária a atuação de busca e apreensão em 19 órgãos do Poder Executivo.
O prefeito afirma que a operação é uma ‘perseguição’ do promotor de Justiça, Marcos Brant. “Vale ressaltar que todos os documentos estão à disposição do MP sem a necessidade deste ‘estardalhaço’ e o que se espera é a apuração dos fatos o mais rápido possível", conclui a nota.
“É desnecessária essa ‘pirotecnia’ que tem como objetivo atrair os holofotes, característicos deste tipo de operação, pois a relação dos servidores se encontra no departamento de recursos humanos ou pode ser ainda solicitada pelo SIC (Serviço de Informação ao Cidadão). Quanto à denúncia de funcionários fantasmas, a administração é a mais interessada na investigação para identificá-los (se houverem), pois não compactua com este tipo de prática”, aponta trecho da nota.
O prefeito garante que a “Operação Caça-Fantasma”, deflagrada pelo Gaeco, é uma ‘perseguição’ do promotor de Justiça Marcos Brant, que atua no município de Barra.
“Virou uma questão pessoal por parte do promotor, que tenta a todo custo atrapalhar o andamento da atual gestão sem medir consequências, tenta ainda, com acusações levianas desconstituir os poderes Executivo e Legislativo de Barra do Garças, como em outra ação [doação de áreas no setor industrial] em que acionou por improbidade contra todos os vereadores e o prefeito, ou seja, quer estar a cima de todos os poderes. Vale ressaltar que todos os documentos estão à disposição do MP sem a necessidade deste ‘estardalhaço’ e o que se espera é a apuração dos fatos o mais rápido possível", conclui a nota.
Segundo MPE, servidores “fantasmas” indicados por políticos, incluindo vereadores, estariam sendo contratados pela Prefeitura, sendo que alguns sequer moram em Barra do Garças e outros até comparecem ao trabalho, mas são obrigados a dividir parte da remuneração com os seus “padrinhos”.
OPERAÇÂO
O Ministério Público do Estado, por meio do Gaeco, deflagrou a “Operação Caça Fantasmas” para investigar contração irregular de servidores por parte do município de Barra do Garças. Os agentes fizeram busca e apreensão em 19 órgãos do Poder Executivo, inclusive o gabinete do prefeito Roberto Farias.
Segundo apurou MPE, servidores “fantasmas” indicados por políticos, incluindo vereadores, estariam sendo contratados pela Prefeitura, sendo que alguns sequer moram em Barra do Garças e outros até comparecem ao trabalho, mas são obrigados a dividir parte da remuneração recebida com os seus “padrinhos”.
Segundo o Gaeco, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram recolhidos documentos que subsidiarão a investigação. Também estão sendo confirmados “in loco” se os referidos servidores estão cumprindo a carga horária.