facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025
05 de Fevereiro de 2025

16 de Novembro de 2015, 10h:30 - A | A

JUDICIÁRIO / AUTORIDADES NA MÍDIA

Quatro procuradores do Estado estão entre os novos investigados na ‘Ararath’

Além dos procuradores, há mais três novos investigados que não tiveram os nomes revelados, porém os detalhes da ação seguem sob segredo de Justiça.

DA REDAÇÃO



Os procuradores João Virgílio, Jenz Prochnow, Dorgival Veras de Carvalho - além de "Nelson que era subprocurador-geral" - que estão entre os novos investigados da “Operação Ararath”, da Polícia Federal, passarão a ser investigados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A decisão é do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), datada em 3 de agosto deste ano. Além dos procuradores, há mais três novos investigados, porém o detalhes da ação seguem sob segredo de Justiça.

O ministro argumenta que com o desmembramento as ações tramitarão com mais eficácia e rapidez, isso porque há um grande número de suspeitos, totalizando 16, o que comprometia o andamento natural das investigações.

Os processos devem ‘correr’ juntamente com os do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do deputado estadual, Gilmar Fabris (PSD), que também foram em caminhados ao TRF1. Apenas o senador Blairo Maggi tem a prerrogativa de ser investigado pelo STF devido o cargo que ocupa.

Como já havia informado o , nos casos do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, do ex-conselheiro Alencar Soares e do desembargador afastado Evandro Stábile os processos estão sobresponsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido ao foro privilegiado. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso irá investigar o juiz Roberto Seror e os ex-conselheiros do TCE, Humberto Bosaipo e Alencar Soares.

Os políticos que estão sem cargos eletivos responderão na 5ª Vara Federal em Mato Grosso, como é o caso do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido) – atualmente presos no Centro de Custódia da Capital por supostos atos de corrupção em suas gestões.

O ministro argumenta que com o desmembramento as ações tramitarão com mais eficácia e rapidez, isso porque há um grande número de suspeitos, totalizando 16, o que comprometia o andamento natural das investigações.

“Ademais, a concentração de grande número de investigados junto à Suprema Corte tem causado embaraços ao andamento célere do inquérito, comprometendo a eficiência das investigações”, disse Toffoli.

Pedido do PGR

Eder Moraes e o ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, já estão condenados pelo juiz Jefferson Schneider, da 5º Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, a cumprirem 69 anos e 31 anos respectivamente, em regime fechado, além do pagamento de indenizações milionárias.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi quem solicitou o desmembramento dos processos depois de avaliar que a deflagração da 7ª fase da Operação Ararath neste ano, que culminou na prisão (em seguida na soltura) do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, que não existia mais risco que medidas requeridas não serem cumpridas ou decididas a tempo.

PGR afirma que à época os supostos crimes cometidos pelo então governador Blairo Maggi e Eder Moraes estavam tão coesos que os desmembramentos para outras instâncias distintas ficariam prejudicados. Porém nesta fase da “Ararath” todas as interceptações telefônicas ordenadas já foram cumpridas.

“Já foram efetivadas todas as diligências que necessitavam a unicidade do feito, podendo a presente investigação, sem qualquer prejuízo, continuar de forma concorrente nas instâncias cabíveis”, disse Janot, em parecer enviado a Toffoli.

“Dessa feita, eventual prejuízo à investigação que pudesse derivar de sua tramitação em instâncias distintas já se dissipou, uma vez que executadas as principais medidas assecuratórias da prova”, afirmou.

 

CONDENADOS

O ex-secretário de estado, Eder Moraes e o ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, já estão condenados pelo juiz Jefferson Schneider, da 5º Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, a cumprirem 69 anos e 31 anos respectivamente, em regime fechado, além do pagamento de indenizações milionárias. Eles são os primeiros réus condenados na Operação Ararath.

Operação Ararath, foi deflagrada no fim de 2013, para investigar um esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso que envolvia políticos, membros do Judiciário, Ministério Público Estadual, Poder Legislativo e Executivo, além de empresários. Os valores eram usados quase sempre para pagar dívidas de campanha.

Comente esta notícia