RENAN MARCEL
DAFFINY DELGADO
Pré-candidato do União Brasil a prefeito de Cuiabá, o deputado Eduardo Botelho demonstrou ciência de que, se for eleito em outubro, deve assumir a Capital em uma "situação caótica". Segundo ele, "tudo é prioridade" na elaboração do projeto a ser apresentado para convencer aliados e, principalmente, eleitores. Resgatar a cidade tem sido o tom adotado pelo parlamentar, em sintonia com o discurso do governador Mauro Mendes, presidente do União.
Entre as principais urgências, o pré-candidato cita "quase tudo". "A saúde, as ruas, o tapa-buracos, recuperar escolas e creches. Tudo é prioridade em Cuiabá".
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O discurso reforça o que o governador disse também durante este sábado, apontando que o "conserto" da cidade pode durar anos por conta do "caos instalado". Por isso, para o governador é hora de Botelho discutir soluções para Cuiabá, deixando um pouco de lado as discussões sobre a definição do vice da chapa e a também a busca por apoio de correligionários e lideranças descontentes com a escolha do União.
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"Temos que começar a debater a cidade. Já pontuei isso ao candidato do União Brasil [Botelho] e ele concordou. Então, nós vamos agora começar um debate sobre Cuiabá, sobre os graves e gravíssimos problemas e as soluções", diz Mauro.
E Botelho completa: "Vamos pegar a cidade em uma situação caótica e complicada, que foi apontada no relatório do Tribunal de Contas do Estado [TCE]. Esse ano deve passar de R$ 1,5 bilhão de dívida na Prefeitura, uma situação muito ruim. Vamos discutir um projeto para recuperar Cuiabá, reviver Cuiabá".
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"Na verdade, quase tudo é urgente, porque a situação financeira da prefeitura está totalmente caótica. E quando isso ocorre, todos os setores ficam perdidos. A saúde é prioridade, por conta de toda a situação que está aí, mas os outros setores, as ruas, o tapa- buracos, recuperar as ruas, recuperar as creches e as escolas. Tudo é prioridade em Cuiabá".
Desde que foi escolhido como candidato do União, Botelho adotou um tom mais crítico à gestão municipal. Antes, quando ainda era incerto o seu futuro eleitoral, evitava críticas diretas. A mudança é vista como um esforço do parlamentar em afastar qualquer tentativa de compará-lo e aproximá-lo ao atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), apontamento que já vem sendo utilizado pelos concorrentes no pleito.