APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá decidiu, em reunião realizada nessa segunda-feira (24), pelo não arquivamento da denúncia apresentada contra o vereador Paulo Henrique (MDB), acusado de atuar em benefício da facção Comando Vermelho na capital.
Após a leitura do processo em plenário, a Comissão encaminhou o documento para análise da Procuradoria da Câmara, que se manifestou pelo arquivamento da denúncia. Os vereadores Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), Renivaldo Nascimento (PSDB) e Wilson Kero Kero (PMB) decidiram não levar em consideração nesse momento o parecer.
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Foi o vereador Renivaldo Nascimento quem propôs que a Comissão de Ética buscasse mais informações junto às Polícias Civil e Federal sobre as investigações realizadas. No último dia 5 de junho, Paulo Henrique foi alvo da Operação Ragnatela, deflagrada por várias forças de segurança, com foco em uma organização criminosa que lavava dinheiro para o Comando Vermelho por meio de casas noturnas na Capital.
O vereador atuaria ajudando os comparsas a conseguir licenças por meio de fiscais da Prefeitura da Capital, atuando para beneficiar o grupo do Comando Vermelho. Ele ajudava casas de shows comandada pela facção e em retorno receberia benefícios financeiros.
“Em que pese a força opinativa da Procuradoria, até porque esse parecer tem poder opinativo, essa Comissão entende da forma que deve entender como conduzir o processo. A questão não é só legal e não é só material. Para que não possamos trazer à baila e expor o nosso nobre vereador a um julgamento público com narrativas, mas sim com fatos exigíveis para que nós possamos ter um juízo de valor dentro do parlamento municipal”, disse.
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“Eu opino que nós devemos, com muita cautela, observar e solicitar mais algumas informações no devido processo e que hoje está na Polícia Judiciária Estadual e também Federal, para que essa Comissão possa se manifestar com mais propriedade”, acrescentou, sendo acompanhado pelos outros dois membros.
O processo 15.255/2024, que trata da denúncia contra Paulo Henrique, foi apresentado pelos vereadores Maysa Leão (Republicanos), Sargento Joelson (PSB), Michelly Alencar (União), Demilson Nogueira (PP), Dr. Luiz Fernando (União), e Rogério Varanda (PSDB).
Na manifestação em que sugeriu o arquivamento imediato, a Procuradoria apontava “a ausência dos requisitos formais imprescindíveis à instauração de representação contra parlamentar municipal”.
Paulo Henrique pediu licença da Câmara por 31 dias. Ele é substituído pelo vereador Raufrides Macedo (MDB).
JOAO PEDRO 25/06/2024
Lugar de bando é cadeia se e PF não tem por onde escapar
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