MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O ex-ministro da Justiça, o advogado José Cardoso afirmou que vai entrar com uma ação na Procuradoria Geral da República (PRG) para que se abra um inquérito criminal contra a senadora Selma de Arruda (PSL) pelo crime de falsidade ideológica, supostamente praticado por ela durante a campanha eleitoral de outubro do ano passado. A senadora nega as acusações.
A ação foi anunciada em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (09), após o adiamento do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) contra Selma pela suposta prática de caixa 2 e abuso de poder econômico. Selma corre o risco de ter o mandato cassado.
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Cardoso, que faz a defesa do presidente do PSD Mato Grosso, Carlos Fávaro, que ficou em terceiro lugar durante as eleições, ressalta que a medida também é um mecanismo para que a ex-juíza não entre com outro recurso com o objetivo de adiar o julgamento novamente.
“O contrato na verdade era uma doação eleitoral. Isso é falsidade ideológica. Outra situação é que eu não posso na pré-campanha ter gastos de campanha", declarou o advogado.
“Vamos protocolar esse requerimento para que se extraia peças do processo para que se abra inquérito contra a senhora Selma Arruda, com objetivo de apurar a ocorrência desse ilícito, que isso seja feito de imediato e com a máxima urgência”, enfatizou Cardoso.
Ele explica que a falsidade ideológica teria sido praticada por Selma em contrato no valor de R$ 1,3 milhões que ela teria firmado com o seu suplente de chapa Gilberto Possamai.
Segundo Cardoso, na prestação de contas de Selma à Justiça Eleitoral, esses valores constam como empréstimo, “mas na verdade o próprio suplente admitiu que se tratou de uma doação durante a pré-campanha”, situação que, conforme a legislação eleitoral, configura prática de caixa 2.
“O contrato na verdade era uma doação eleitoral. Isso é falsidade ideológica. Outra situação é que eu não posso na pré-campanha ter gastos de campanha. É uma questão de lógica e bom senso, inclusive”, salientou o advogado.
Por fim, a defesa de Carlos Fávaro, comandada por Cardoso, pede que Selma seja cassada e que Fávaro assuma o posto de senador até que se faça nova eleição.
“Mato Grosso não pode ficar sub-representado, com apenas um senador, em decisões importantes no Congresso Nacional”, destacou.
Na manhã desta terça (09) o julgamento de Selma foi adiado pela terceira vez por um pedido de suspeição da defesa da ex-juíza contra o desembargador Pedro Sakamoto. Dessa forma, o julgamento foi remarcado para manhã de quarta-feira (10).
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Cuyabano 09/04/2019
Não quero defender essas corjas de políticos....mas a verdade tem que ser dita....pelos indícios e provas, a senadora Selma cometeu crime eleitoral.....infelizmente ela começou sua carreira na politica igual aos outros políticos...fazem de tudo para vencerem uma eleição...sempre achando um jeitinho brasileiro....para conseguir seus objetivos.
Carlos Nunes 09/04/2019
Ih! Qualquer cidadão brasileiro só é candidato a algum mandato (presidente, governador, prefeito, senador, deputados federal e estadual) DEPOIS que passa na Convenção de um partido e registra a candidatua no TRE. Antes disso não é OFICIALMENTE candidato A NADA, nem a porteiro de cemitério. Traduzindo: ANTES da Convenção, qualquer cidadão pode movimentar sua conta bancária, fazer empréstimos, contratar profissionais, que quiser. Se não for isso...o Brasil ficou o país mais perigoso do mundo...não me diga que ano que vem, na eleição de Prefeito, ANTES da Convenção Partidária e do registro da candidatura no TRE, vão começar a fuçar a vida de todos os prováveis candidatos, pra ver se fizeram empréstimo, movimentaram conta bancária e contrataram profissional? A Convenção Partidária do partido da Juíza aconteceu no mês de Agosto/2018, o registro da candidatura no TRE aconteceu depois...entretanto começaram a fuçar a vida da Juíza em fatos acontecidos em abril, maio, antes da Convenção e do registro da candidatura. Segundo o professor Lourembergue, no Programa Opinião, não existe isso de pre-campanha, pois nem tinha tido Convenção partidária ainda.
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