DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
Durante posse ao cargo de desembargadora no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), na manhã desta sexta-feira (27), Graciema Ribeiro de Caravellas classificou o ato como “reparação à injustiça" sofrida há 13 anos, quando foi aposentada compulsoriamente por suposto desvio de verbas do Judiciário, no chamado "Escândalo da Maçonaria".
Em discurso, a magistrada, que reverteu a decisão compulsória no Supremo Tribunal Federal (STF), relembrou os anos de angústia enquanto aguardava decisão judicial.
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"Meu nome, que nunca havia sofrido qualquer nódoa, nem por simples reclamação funcional, foi repentinamente jogado ao vento. (...) Infelizmente, julgada antes por parte da mídia que deturpava os fatos, acabei também injustamente julgada pelo CNJ e aposentada compulsoriamente em 2010, em processo administrativo instaurado", lembrou.
"Desde então, passei ao lado das minhas filhas, genros e netos longos e angustiantes anos a fio aguardando que a justiça fosse feita e que Deus me concedesse a graça de viver tempo suficiente, que hoje me é concedido, para ver resgatada a minha dignidade e ver reconhecida a minha inocência, para que minha descendência não fosse marcada por uma conduta ofensiva a ética funcional a mim injustamente atribuida", discursou.
A magistrada, juntamente com o juiz Sebastião de Arruda Almeida, foi escolhida para as vagas de desembargadores durante votação unânime, no critério de antiguidade, em sessão administrativa.
Outros 42 juízes disputam vaga de desembargador pelo critério de merecimento. No total, serão 9 novos desembargadores escolhidos ainda esse ano.