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Cuiabá, 20 de Setembro de 2024
20 de Setembro de 2024

20 de Setembro de 2024, 11h:33 - A | A

PODERES / COBRANÇAS ILEGAIS

Kalil demite servidores e ordena auditoria no DAE

Dentre os demitidos está o diretor comercial do DAE, Alessandro Leite de Campos

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O prefeito de Várzea Grande Kalil Baracat (MDB) determinou a demissão do Diretor Comercial do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Alessandro Leite de Campos, e de todos os servidores comissionados, contratados ou estagiários envolvidos no esquema de corrupção que causou um prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos e prejudicava o acesso da população várzea-grandense à água.

Além disso, o prefeito determinou uma auditoria administrativa externa e independente no contrato da empresa terceirizada responsável pela gestão operacional no setor comercial do DAE e em todo o Departamento Comercial para apurar o tamanho do prejuízo aos cofres públicos.

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Como parte das providências, Kalil pediu a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurara as responsabilidades de Alessandro Leite, que também é servidor de carreira em outra pasta, e de todos os outros servidores efetivos envolvidos.

Por tratar-se de servidor de carreira de outra pasta, determina ainda a abertura de PAD para apurar suas responsabilidades, com seu afastamento até a conclusão das investigações”, disse Kalil por meio de nota.

O esquema de corrupção no DAE veio à tona após a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR) deflagrar a Operação Gota D’água, na manhã desta sexta-feira (20).

A denúncia foi encaminhada à DECCOR pelo presidente do Departamento, Carlos Alberto Simões, por determinação do prefeito Kalil Baracat no dia 22 de fevereiro deste ano.

Ao todo, foram expedidos 123 mandados judiciais pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), entre prisões preventivas, busca e apreensão, suspensão de função pública, sequestro de bens e bloqueio de valores e medidas cautelares diversas.

O vereador de Várzea Grande Pablo Pereira (União) também foi preso, acusado de ser o líder do grupo criminoso.

Veja como funcionava o esquema

A investigação apontou que os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.

Em relação apenas às duas últimas espécies de fraudes, a estimativa é que desde 2019, a autarquia tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 11,3 milhões.

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