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Cuiabá, 20 de Setembro de 2024
20 de Setembro de 2024

20 de Setembro de 2024, 10h:13 - A | A

PODERES / CANDIDATO À REELEIÇÃO

Preso em operação, vereador de Cuiabá declarou não ter patrimônio

O parlamentar é acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa por meio de eventos em casas noturnas de Cuiabá.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O vereador Paulo Henrique (MDB), preso na manhã desta sexta-feira (20), na Operação Pubblicare, uma força-tarefa das forças de segurança federais e estaduais contra o crime organizado, é candidato à reeleição e declarou à Justiça Federal que não possui patrimônio.

A Câmara Municipal deve ser notificada da prisão e, na sequência, o parlamentar deverá passar por audiência de custódia, no Fórum da Capital.

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O parlamentar é acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa por meio de eventos em casas noturnas de Cuiabá e sua influência junto à Secretaria de Ordem Pública, onde é servidor de carreira, para garantir a liberação de licenças e alvarás para esses eventos. Em retorno, ele recebia vantagens financeiras.

A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, que desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

Essa é a terceira vez que o emedebista entra na disputa pelo cargo de vereador. A primeira vez foi em 2016, quando ele declarou possuir três veículos, sendo um Renault Clio, uma moto Yamaha X8Z e um Fiat Pálio, totalizando o valor de R$ 48.950,00.

Já em 2020 o patrimônio diminuiu e ele declarou ter apenas a moto, o Renault Clio e um depósito em conta corrente no valor de R$ 1.743,83. Totalizando R$ 23.743,83 em bens.

Paulo Henrique chegou a se afastar por 30 dias do cargo após chorar em plenário e dizer que provaria a sua inocência. A Comissão de Ética, que teve acesso a parte das informações da investigação, nunca chegou a tomar nenhuma providência contra o parlamentar.

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